Comprar ou vender?

Instagram revela dificuldade da Natura de chegar ao consumidor, diz BofA

08 jan 2022, 9:12 - atualizado em 08 jan 2022, 9:12
Loja da Natura no Taboão
Loja da Natura no Taboão (Natura/Divulgação)

Um relatório do Bank of America aponta que um dos problemas atuais da Natura (NTCO3) para chegar ao consumidor não poderia ser mais atual em pleno ano de 2022: o Instagram.

De acordo com os analistas, as postagens da rede social da marca de beleza revelam uma certa dificuldade de alcançar os clientes. A marca, que tem 39% de participação nas vendas, tem apenas 27% de curtidas. Uma lacuna de 12%.

“Isso sugere a erosão do valor da marca e do poder de precificação. Embora longe de ser abrangente, o Instagram ainda é a terceira plataforma social do Brasil, com 158 milhões de usuários ativos”,  explica o relatório. “Os volumes de publicações da Natura no ano passado foram comparáveis ​​aos de seus pares do setor, mas não conseguiram gerar fortes níveis de engajamento”, continua.

Ainda segundo o BoFA, “as lacunas são particularmente preocupantes, dada a escala das redes de vendas diretas da Natura”.

“A ressonância limitada do Instagram pode ser indicativa de impacto no conteúdo redistribuído subsequentemente por consultores da Natura e representantes da Avon”, afirma.

Dentre as marcas de beleza que atuam no Brasil, o Euromonitor aumenta que, em termos de venda, a Natura é 56% maior do que o Grupo Boticário. Entretanto, quando o assunto são os seguidores das redes no Instagram, as marcas da Boticário lideram o espaço.

“O Grupo Boticário tem uma frequência de postagem semelhante, mas parece manter um nível elevado de engajamento entre seus seguidores muito maiores. As ações da NTCO ​​caíram mais da metade desde julho de 2021, e os P/ Es do ano futuro agora expressam um desconto mais amplo para os líderes da indústria, provavelmente reconhecendo os desafios de brand equity”, concluem os analistas.

Para o BoFA, a recomendação de comprar ou não um papel da companhia é neutra.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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