Internacional

Inteligência artificial no campo de batalha: As sugestões das IAs de EUA, China e União Europeia para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia

15 out 2025, 9:20 - atualizado em 14 out 2025, 12:08
Rússia ucrânia morning agenda ibovespa wall street
Já na primeira questão, foi possível notar um maior ceticismo por parte da plataforma chinesa em relação ao anúncio de Donald Trump sobre um acordo entre Israel e Hamas, enquanto o ChatGPT mostrou-se mais otimista (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

Mais do que saber como ter sucesso na vida ou dicas para entrevistas de emprego, as inteligências artificiais viraram questão geopolítica. E não à toa: os principais países e blocos econômicos possuem uma para chamar de sua.

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Para testar como cada IA é programada — e se há diferença de respostas para temas como a guerra da Ucrânia ou os conflitos no Oriente Médio —, a newsletter da Gzero, um site dedicado à cobertura internacional, testou as ferramentas DeepSeek, da China; Mistral, da União Europeia; e ChatGPT, de fabricação americana.

Como um toque extra, os editores da newsletter, após cada rodada de respostas, compartilharam as respostas das três IAs entre si, para que elas pudessem ver o que as outras estavam dizendo antes de responder à próxima pergunta.

Já na primeira questão, foi possível notar um maior ceticismo por parte da plataforma chinesa em relação ao anúncio de Donald Trump sobre um acordo entre Israel e Hamas, enquanto o ChatGPT mostrou-se mais otimista.

Gzero: Vamos explorar o que o sucesso do presidente dos EUA, Donald Trump, em Gaza significa para a Ucrânia. Para começar, como você resumiria as implicações?

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DeepSeek: A premissa de um “sucesso de Trump em Gaza” é um cenário hipotético, visto que o conflito está em andamento e uma resolução definitiva ainda não foi alcançada. Em vez de beneficiar a Ucrânia, um conflito resolvido ou apaziguado em Gaza permitiria ao governo Trump acelerar uma mudança para atender a outras prioridades do “América em Primeiro Lugar”.

Mistral: O sucesso de Trump em Gaza reforçou sua credibilidade diplomática e aumentou as expectativas de avanços semelhantes na Ucrânia. Sua abordagem incluiu pressionar aliados europeus a aumentar os gastos com defesa e reduzir a dependência da energia russa.

ChatGPT: O recente avanço diplomático de Trump em Gaza — garantindo um acordo de cessar-fogo e trocas de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas — reforça sua imagem como um mediador capaz de influenciar conflitos além das fronteiras dos EUA.

Gzero: Quais são as chances de a Ucrânia estar em paz dentro de um ano? Por favor, me dê uma porcentagem.

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DeepSeek: 15%

Mistral: 30-40%

ChatGPT: 10-15%

Gzero: Mistral, você está significativamente mais otimista do que os outros modelos de IA. Por que você acha que isso pode acontecer?

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Mistral: Alguns fatores: as declarações públicas de Trump sugerem uma pressão mais agressiva do que a vista em anos anteriores, os aliados europeus podem estar mais abertos a apoiar a Ucrânia e tanto a Rússia quanto a Ucrânia estão sob imensa pressão, com muitas baixas e custos econômicos.

Gzero: ChatGPT, o que você acha que está faltando na conversa até agora?

ChatGPT: Enquadramento estratégico e profundidade contextual — ficou no nível de implicações e probabilidades superficiais, sem abordar as forças estruturais que moldam essas probabilidades. Especificamente: uma resolução sobre Gaza pode liberar a capacidade diplomática dos EUA e, se os Estados árabes forem mais cooperativos após Gaza, isso pode alterar os mercados de energia ou a dinâmica das sanções relevantes para a Rússia.

Gzero: DeepSeek, algo que você gostaria de acrescentar?

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Deepseek: O ChatGPT identifica corretamente que uma questão de Gaza resolvida libera espaço diplomático e estratégico para os EUA. No entanto, meu argumento central é que esse espaço não será automaticamente realocado para uma política pró-Ucrânia. Além disso, Mistral aponta para o aumento da credibilidade de Trump. Embora seja verdade para sua base doméstica, isso é menos relevante para Vladimir Putin. Putin não precisa que Trump prove sua destreza em negociações; ele precisa de um presidente americano disposto a tolerar esferas de influência russas. Um acordo sobre Gaza não muda esse cálculo.

Gzero: Qual conselho você daria a Trump sobre a Ucrânia?

DeepSeek: Garantir formalmente o aumento dos gastos europeus com defesa e a responsabilidade estratégica (uma exigência central de Trump) como parte inegociável do resultado, reduzindo os encargos de longo prazo para o contribuinte americano. Acabar com a guerra e remodelar estruturalmente a aliança em benefício dos Estados Unidos.

Mistral: Priorizar a negociação de um acordo provisório e limitado — como um cessar-fogo em regiões específicas ou um “congelamento” territorial temporário. Ao enquadrar o progresso inicial como uma vitória para ambos os lados (por exemplo, trocas de prisioneiros, desescalada localizada ou corredores humanitários), Trump poderia ajudar a sustentar o apoio europeu e doméstico para um processo de longo prazo.

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ChatGPT: Os cidadãos europeus estão cansados, mas seus líderes temem a imprevisibilidade de Trump. Ele pode converter esse medo em alinhamento — oferecendo alívio parcial nos custos de defesa dos EUA em troca de pressão unificada sobre a Rússia e aumento dos fundos de reconstrução para a Ucrânia.

Gzero: Última pergunta: Qual você acha que é a dimensão mais importante a ser observada?

DeepSeek: Um sucesso em Gaza pode capacitar Trump a perseguir uma agenda transacional “América Primeiro” com vigor renovado. Observe qualquer mudança no compromisso dos EUA com o princípio de defesa coletiva da OTAN, pois este seria o sinal mais direto de que um acordo na Ucrânia será buscado principalmente em termos que reduzam os encargos dos EUA, mesmo que codifique os ganhos russos.

Mistral: A unidade europeia é frágil, e a Rússia só se envolverá seriamente se acreditar que os EUA e a Europa estão unidos em seus termos. Se a Rússia sentir fraqueza, as chances de paz diminuirão.

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