Tecnologia

Inteligências Artificiais já são 1.000 vezes mais inteligentes que humanos, diz o ‘padrinho da IA’

08 maio 2023, 16:38 - atualizado em 08 maio 2023, 16:38
inteligências artificiais
Inteligências artificiais, como ChatGPT, são capazes de acessar conhecimento básico sobre qualquer assunto (Imagem: Pixabay/ Christopher White)

As novas inteligências artificiais já são 1.000 vezes mais inteligentes do que os humanos, na avaliação de Geoffrey Hinton, cientista da computação conhecido como “padrinho da IA”, conforme noticiou a Folha de S. Paulo.

Hinton deixou o Google em 1º de maio, onde trabalhava com desenvolvimento de IA, para poder falar abertamente sobre suas preocupações acerca do tema.

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No evento EmTech Digital, que ocorreu na última terça-feira (2), o cientista falou sobre o futuro da inteligência artificial e afirmou que o risco da IA assumir o controle da sociedade é real.

Para ele, modelos de IA como o ChatGPT têm acesso a conhecimento básico sobre qualquer assunto, dessa forma, 1.000 vezes mais inteligentes do que humanos.

Por que inteligências artificiais são mais inteligentes

Em 1980, Hinton desenvolveu o algoritmo por trás das redes neurais, o backpropagation, ou propagação reversa, em português.

Este sistema permite o aprendizado por meio de exemplos, através do que é chamado de treinamentos. Para a elaboração, o cientista buscou simular o funcionamento dos neurônios e ligações do cérebro humano.

No entanto, atualmente, Hinton avalia que o cérebro humano não funciona com propagação reversa. “O algoritmo que criamos nos anos 1980 é mais eficiente do que o cérebro. Os atuais grandes modelos de linguagem conseguem saber mais do que uma pessoa, com muito menos ligações.”

Inteligências artificiais atuais, como o GPT-4, disponível na versão paga do ChatGPT , têm menos que 1 trilhão de ligações, enquanto o cérebro humano conta com 10 trilhões, a partir de 100 bilhões de neurônios, explica.

Ainda, Hinton afirma que IAs podem evoluir para a capacidade de inovar como os seres humanos, algo que não fazem atualmente.

“A inteligência artificial vai evoluir ainda mais quando aprender a desmembrar processos. Daí, a tecnologia pode aprender que ter responsabilidade acelera a conclusão da tarefa. Isso pode ensejar um viés pelo controle”, avalia como um dos riscos.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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