Inter (INBR32): Lucro dispara 57%, mas ação cai em NY; o que decepcionou?
À primeira vista, o resultado do Inter (INBR32) parecia animador.
O laranjinha, um dos cases de maior sucesso do sistema financeiro do Brasil nos últimos anos, entregou alta de 57% no lucro, com elevação do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 13%, incremento de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, conseguiu sustentar o crescimento da base de clientes, com alta de 19%. Tudo no seu lugar. Porém, o mercado não reagiu tão bem aos números. Por volta das 12h, a ação na Nasdaq caía 4,29%.
Segundo o Safra, o ponto de atenção está nas despesas. O banco registrou alta em todos os segmentos, com destaque para gastos com juros, a 54%. Houve também aumento em despesas com juros e com cashback.
Já as despesas com marketing e pessoal cresceram 74% e 23%, respectivamente, no ano, porém diminuíram 16% e 17% em relação ao trimestre anterior.
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As receitas com tarifas também ficaram aquém.
Por outro lado, destaca o Safra, o banco continuou a ter expansão da carteira de crédito (cartões de crédito +21), juntamente com melhoras nas tendências de qualidade dos ativos, “o que é um bom sinal para a continuidade do ritmo de crescimento da carteira de crédito ao longo do ano”.
A carteira de crédito consignado privado atingiu R$ 197 milhões em 10 dias de operação, o que coloca o Inter como um dos principais destaques desse novo crédito, lançado pelo governo no começo do ano.
Apesar disso, o Safra destaca que isso já esteja precificado no nível de avaliação atual. “Não acreditamos que os resultados de hoje devam levar a novas revisões de lucros“.
Já o Bradesco BBI destacou que a receita líquida ficou 2,8% acima da estimativa, impulsionada por uma melhora de 10 pontos-base na NIM (margem de juros líquida).
Segundo a casa, houve melhora no custo de captação e no mix de empréstimos, enquanto sua carteira de crédito ficou 2,2% acima da expectativa.
“Em nossa opinião, o Inter apresentou tendências majoritariamente positivas, nas quais destacamos uma forte dinâmica de receita, com melhorias no NIM e crescimento de empréstimos acima do esperado”.
No meio disso tudo, também não é possível descartar uma realização de lucro. No ano, Inter sobe 53%.
