Comprar ou vender?

Investidor da Sinqia ganha presente de Natal antecipado com compra da NewCon; ação dispara 7%

23 dez 2021, 18:27 - atualizado em 24 dez 2021, 20:08
Compra foi elogiada por analistas e elevará participação no mercado de consórcios

A Sinqia (SQIA3) acertou em cheio ao fechar a compra da NewCon, fornecedora líder de soluções de software para o mercado de consórcios. Ao todo, a empresa pagará R$ 422,5 milhões pelo negócio, a maior compra já feita pela companhia. 

Com transação, os papéis dispararam quase 6%, a R$ 16,88.

Segundo o Itaú BBA a NewCon é um ativo único, que traz com consigo 80 novos clientes, como Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Caixa Econômica Federal, com alto potencial de cross-selling (venda cruzada) com o Sinqia Digital.

A corretora calcula a transação em um múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) de 10,6 vezes, abaixo do atual nível da Sinqia. 

“De acordo com nossas estimativas, isso poderia abrir um valor potencial de 17% (R$ 196 milhões) em uma arbitragem múltipla, apoiando nossa visão positiva sobre a transação”, justifica.

Pelos cálculos do Safra, assumindo os números da NewCon para 2021 (uma receita bruta de R$ 76 milhões, com um CAGR 2016-21 de 17,6% e Ebitda de R$ 40 milhões), a Sinqia poderia atingir uma margem Ebitda de 26% este ano (contra estimativa atual de 19,5%) e 25% em 2022.

“Além das sinergias financeiras, o ajuste estratégico é excelente e os benefícios incluem o forte crescimento orgânico no negócio de consórcios”, acrescenta o banco.

Atualmente, a NewCon possui 70% do mercado de consórcio vertical, contra 10% da Sinqia. Porém a aprovação do Cade não é necessária, ambas as empresas não atingiram o valor mínimo de faturamento de R$ 750 milhões no ano passado.

“Em suma, aquisições como essas, em que o Sinqia tem condições claras de gerar sinergias e melhorar a rentabilidade dos ativos, são positivas para as ações em nossa opinião”, diz.

Para o BTG, depois de levantar R$ 400 milhões em uma oferta de ações em setembro, a empresa renovou sua capacidade de buscar mais uma rodada de fusões e aquisições e o movimento prova, mais uma vez, que isso será entregue em excesso.

“A Sinqia acelerou seu crescimento orgânico e está realizando suas fusões e aquisições estratégicas lindamente”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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