Mercados

Bolsa ganha força com porrada de 10% da Petrobras; dólar busca R$ 3,60

09 maio 2018, 17:55 - atualizado em 09 maio 2018, 18:43

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O Ibovespa avançou 1,58% nesta quarta-feira (9), a 84.265 pontos, com os investidores avaliando uma avalanche de resultados de participantes do índice e respondendo à disparada do petróleo. Enquanto isso, o real continua a perder força ante ao dólar e a taxa de câmbio subiu 0,88%, a R$ 3,5945. Nos EUA, os principais índices encerraram em alta. O Dow Jones caía avançou 0,75%.

O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos chegou a 3,014%, nível mais forte em duas semanas, enquanto um rali nos preços do petróleo impulsionava as expectativas de inflação. O rendimento desse título estava em 3,012%. O desempenho influencia a taxa de câmbio no Brasil, conforme a diferença com o juro brasileiro cai.

Em entrevista concedida ontem à noite à Globo News, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a depreciação recente do Real não é um caso isolado e tem fundamento na expectativa de alta de juro nos EUA. “Tudo isso aí tem a ver com um fenômeno importante, que é o fortalecimento do dólar no mundo. Não é com o Brasil, não é só com a Argentina, é contra todos os países do mundo”, destacou.

“Contrastando com os ganhos em bolsa, o dólar não apenas manteve como acelerou a apreciação ante o real, já deixando o patamar de R$ 3,50 para trás e testando a cotação de R$ 3,60 nesta sessão, fruto também do estreitamento do spread entre juros futuros no Brasil versus as taxas nos EUA”, explica o BB Investimentos.

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Petróleo e Petrobras

O petróleo subiu forte no mercado internacional após o anúncio de saída dos EUA do acordo nuclear iraniano. Os contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançaram US$ 2,42 ou 3,25%, para US$ 77,28 o barril, valor mais alto desde novembro de 2014.

Alguns analistas disseram que o restabelecimento de sanções poderia levar a um fornecimento mundial mais reduzido de petróleo, uma vez que dificulta a exportação de petróleo pelo Irã. Na véspera, a estatal divulgou o melhor resultado trimestral desde o início de 2013.

 

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) dispararam 8,16%, para R$ 24,78, em reação ao desempenho do petróleo nesta quarta-feira (9). Os papéis ordinários (PETR3) subiram até 10,02%, a R$ 27,22.

A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 2,2 milhões de barris na semana que se encerrou em 4 de maio.

Isso se compara às expectativas dos analistas de que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 200.000 barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 1,9 milhão de barris no abastecimento.

Balanços

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A ação da Ambev (ABEV3) caíram 2,36%, a R$ 21,91, após apresentar um lucro líquido de R$ 2,610 bilhões no primeiro trimestre de 2018, o que corresponde a 12,7% mais do que o visto um ano antes. O Ebitda ajustado alcançou R$ 4,638 bilhões, avanço de +10,1%, com uma margem bruta de 61,7% (+210 pontos-base) e uma margem Ebitda de 39,9% (+160 pontos-base).

“O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, algo que deve pressionar os papéis nesta sessão. O resultado foi impactado principalmente pelo fraco desempenho das operações no Brasil em meio a queda dos volumes vendidos (reflexo do ambiente macro ainda desafiador e efeito sazonal – carnaval ocorreu mais cedo mais cedo que o esperado)”, avalia a Guide Investimentos.

Os papéis da Gerdau (GGBR4) dispararam 6,31%, para R$ 17,36, com os investidores avaliando a reversão do prejuízo de R$ 34 milhões visto no primeiro trimestre de 2017 para um lucro líquido ajustado de R$ 451 milhões entre janeiro e março deste ano. A receita líquida consolidada chegou a R$ 10,389 bilhões, um avanço de 22,8%.

“A Gerdau apresentou fortes números, superando as estimativas de consenso e as nossas em aproximadamente 7%, com base nos resultados de qualidade e melhorias em todas as suas unidades de negócios”, destaca o Credit Suisse, em um relatório que reafirma a recomendação outperform e o preço-alvo de R$ 20.

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As ações da Gol (GOLL4) despencaram 9,85%, para R$ 15,20, com o mercado avaliando o balanço da companhia aérea no primeiro trimestre e as projeções para o ano. O lucro líquido ficou em R$ 147,5 milhões de reais, baixa de 9,3% na comparação anual, enquanto teve a maior margem operacional para o período de janeiro a março em 12 anos.

“Dado um cenário macro mais desafiador para o setor aéreo em relação a alguns meses atrás, agora vemos riscos negativos para nossas estimativas”, explicam os analistas Renato Mimica e Samuel Alves do BTG Pactual. A recomendação ainda é de compra, com um preço-alvo de R$ 25.

As ações da Rumo Logística (RAIL3) terminaram negociadas estáveis a R$ 14,70, após a companhia anunciar que teve prejuízo líquido de R$ 58,3 milhões no primeiro trimestre, perda 76,6% menor do que a de igual etapa de 2017. O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda somou R$ 650,2 milhões entre janeiro e março, alta de 32% na comparação anual.

A XP Investimentos destaca que os números da Rumo foram 3% superiores ao consenso de mercado na receita líquida, resultado de avanço de 18% no volume de carga transportada no período. As receitas nos três primeiros meses do ano subiram 17% a R$ 1,4 bilhão. O crescimento no volume foi impulsionado principalmente pelo estoque de passagem de soja e pelo volume de milho.

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Os papéis da Tim (TIMP3) recuaram 6,18%, para R$ 14,87, com os investidores avaliando os números da empresa. O lucro líquido cresceu 89,1% no primeiro trimestre de 2018 na comparação com um ano antes e totalizou R$ 250 milhões. O lucro por ação (LPA) foi de R$ 0,10 ante os R$ 0,05 no período anterior, informou a tele nesta quarta-feira (9).

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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