Guerra Comercial

Investidores esperam que negociação entre Estados Unidos e China esfrie guerra comercial

10 maio 2025, 16:34 - atualizado em 10 maio 2025, 16:34
china e eua estados unidos
Investidores estão atentos nas negociações entre Estados Unidos e China neste fim de semana (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

Os investidores estão esperançosos que as negociações entre Estados Unidos e China neste fim de semana esfriem a guerra comercial, dissipando parte da incerteza que paira sobre os mercados financeiros, embora poucos esperem um grande avanço neste momento.

A tão aguardada reunião na Suíça pode marcar um dos maiores acontecimentos desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, lançou tarifas abrangentes em 2 de abril, o que lançou o comércio global no caos e desencadeou extrema volatilidade nos mercados.

“Esta é a mãe de todas as negociações”, disse Alejo Czerwonko, diretor de investimentos da Emerging Markets Americas no UBS. “Há centenas de bilhões de dólares em comércio em jogo, uma tarifa de 145% sobre as exportações chinesas que equivale a uma espécie de embargo de fato e queixas que vão muito além do comércio.”

As negociações comerciais entre representantes de EUA e China em Genebra, na Suíça, foram encerradas neste sábado e devem continuar no domingo.

Recentemente, investidores expressaram otimismo de que os piores cenários comerciais não se concretizariam e apontaram sinais de redução da tensão entre EUA e China como o motivo por trás da recuperação das ações.

No entanto, apesar dos comentários de Trump antes das negociações, sugerindo um nível mais baixo de tarifas para a China, e do acordo comercial de quinta-feira entre EUA e Reino Unido, muitos participantes do mercado disseram que não esperavam grandes avanços neste fim de semana.

Em vez disso, eles se limitavam a esperar que nada desse errado quando os dois lados se encontrassem cara a cara para a primeira rodada formal das negociações, que podem se prolongar.

“Ainda duvidamos que as negociações diretas entre EUA e China levem a um ‘grande compromisso'”, disse Thierry Wizman, estrategista global de câmbio e taxas da Macquarie, em nota aos clientes.

Pacto imediato entre Estados Unidos e China é improvável

Tanto os Estados Unidos quanto a China podem querer, ou até mesmo precisar, chegar a um acordo, disse Liqian Ren, diretora da Modern Alpha na WisdomTree Asset Management. Neste estágio inicial, porém, parece haver pouco incentivo para atingir um acordo rapidamente, acrescentou.

“Cada um ainda quer ver como o outro lado lida com ventos contrários negativos”, disse Ren.

“Neste momento, o mercado talvez esteja um pouco otimista demais em termos do que a China e os EUA podem alcançar e da rapidez com que os eventos ocorrerão.”

As tensões comerciais entre os dois países aumentaram no mês passado, quando os EUA aumentaram as tarifas sobre todas as importações chinesas para 145%. Em reação, a China elevou os impostos sobre as importações dos EUA para 125%.

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reuters@moneytimes.com.br

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