Mercados

Investidores estrangeiros retornam à B3 — mas a bruxa está solta em outubro

20 out 2025, 11:15 - atualizado em 20 out 2025, 11:15
Bolsa ibovespa balanços gringos investidores estrangeiros
Fluxo de investidores estrangeiros na B3 em outubro: entradas no dia 16 não compensam saídas acumuladas do mês. (Imagem: Freepik)

O mercado financeiro brasileiro voltou a registrar a entrada de investidores estrangeiros após um início de mês marcado por retiradas.

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Na quinta-feira passada (16), os estrangeiros aplicaram R$ 1,3 bilhão na B3, a maior entrada desde 29 de agosto, quando o aporte havia sido de R$ 1,4 bilhão.

No dia, o mercado internacional foi dominado por forte aversão ao risco, com atenção especial ao setor bancário dos Estados Unidos. O banco regional Zions Bancorp registrou uma baixa contábil de US$ 50 milhões para cobrir dois empréstimos concedidos a mutuários que enfrentam ações judiciais. O anúncio foi feito na noite de quinta-feira.

Além disso, o Western Alliance, outro banco regional, informou ter movido uma ação judicial contra o Cantor Group V, alegando fraude por parte da empresa.

Tchau, gringos: Investimentos estrangeiros ficam negativos em outubro

Apesar da entrada de recursos, o mês de outubro ainda está no vermelho. Segundo dados da B3, investidores estrangeiros retiraram R$ 5,4 bilhões do país, reflexo da volatilidade global provocada principalmente pela guerra comercial entre EUA e China.

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No dia 10 de outubro, o presidente americano, Donald Trump, declarou que avaliava novas tarifas sobre produtos chineses, o que resultou na aplicação de uma sobretaxa de 100% sobre determinados itens. Na ocasião, foram retirados R$ 1,9 bilhão do mercado brasileiro.

No cenário doméstico, o risco fiscal continua no radar dos investidores. A equipe econômica ainda não apresentou as alternativas à medida provisória que taxava investimentos. Os cálculos do Ministério da Fazenda indicam que a proposta, que substituiria o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), teria impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e de R$ 36,2 bilhões em 2026, considerando as novas receitas previstas e os cortes de despesas.

O Ibovespa acumula perdas de 2% nos primeiros pregões de outubro, após ter atingido o recorde de 147.578 pontos e registrar alta de 3% em setembro.

No mês, apenas três dias registraram fluxo positivo:

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  • 13/10: R$ 106,1 milhões
  • 15/10: R$ 563,9 milhões
  • 16/10: R$ 1,3 bilhão

Mesmo com as saídas, o saldo acumulado em 2025 continua positivo em R$ 21,1 bilhões. Até sexta-feira (17), o Ibovespa apresentava alta de 19% no ano.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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