Investidores institucionais estão mais otimistas com a bolsa brasileira e pretendem aumentar alocação, diz XP

Os investidores institucionais estão mais otimistas com a bolsa brasileira, segundo a pesquisa da XP Investimentos divulgada na última quarta-feira (16).
65% dos participantes afirmaram que desejam aumentar a exposição a ações brasileiras no curto prazo.
O número representa uma melhora no sentimento dos investidores em relação ao resultado da última pesquisa realizada em dezembro de 2024.
Na época, apenas 27% dos entrevistados desejavam aumentar a alocação em Brasil.
A maioria (54%) dos investidores institucionais também esperam que o Ibovespa (IBOV) termine 2025 entre 140 mil pontos e 150 mil pontos — com uma média de 147.593 pontos, próximo da projeção de 150 mil pontos da XP.
Apenas 11% dos entrevistados veem o principal índice da bolsa brasileira abaixo dos 140 mil pontos em dezembro deste ano.
Os investidores também apontaram os riscos para o mercado brasileiro. Para eles, os gatilhos baixistas para as ações continuam sendo os fatores domésticos: a questão fiscal e a instabilidade política.
A valorização do dólar e uma possível recessão dos Estados Unidos também foram apontados pelos investidores institucionais, de acordo com a pesquisa da XP. No caso da divisa norte-americana, a maioria acredita que a moeda deve permanecer entre R$ 5,40 e R$ 5,60 até o fim de 2025.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 15 de julho, logo após o término do primeiro semestre deste ano.
Ibovespa: setores mais “atraentes”
As ações sensíveis à taxa de juros é o tema preferido dos investidores. Os setores “preferidos” dos investidores institucionais são elétricas (61%), saneamento (61%) e financeiro (50%).
Os setores domésticos como Imobiliário e Varejo seguem com posicionamento acima do neutro, sendo a escolha de 41% e 35% dos investidores respectivamente.
Já commodities continuam com viés negativo com apenas 2% das alocações, figurando como “o setor com menor otimismo por parte dos investidores”.
Por outro lado, as ações dolarizadas são as menos preferidas, com cerca de 6%. O que, na visão dos estrategistas da XP, reforça o posicionamento abaixo do neutro entre os participantes em relação a commodities.
Na hora de investir, os entrevistados afirmam que o Fluxo de Caixa Livre (FCF, na sigla em inglês) e o “momentum” dos lucros são os fatores mais relevantes para a seleção das ações. Já a baixa alavancagem só é importante para 11% dos investidores institucionais, sendo então o fator menos relevante.
Apesar disso, as ações com alta alavancagem e com receitas em dólar são os “perfis” mais evitados.
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O que esperar dos balanços do 2T25?
A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 (2T25) já começou e os investidores institucionais veem os setores de varejo, construtoras e bancos com maior otimismo, de acordo com a pesquisa da XP.
O que também reflete a visão mais positiva com os setores domésticos e cíclicos — mais dependente dos fatores macroeconômicos como a taxa de juros. Esses são apontados como os possíveis destaques positivos nesta temporada.
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