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Investimentos, Lula e Raízen (RAIZ4): BYD fala sobre planos da empresa no Brasil

28 fev 2024, 16:17 - atualizado em 28 fev 2024, 18:14
alexandre baldy byd
Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD no Brasil, falou sobre a possibilidade de novos acordos com a Raízen, principal parceira dentro do país (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Nesta quarta-feira (28) o Money Times esteve presente no evento de lançamento do Dolphin Mini, novo veículo da BYD, empresa chinesa que desembarcou recentemente no país e que promete investir cerca de R$ 3 bilhões no Brasil nos próximos anos.

Por lá, Alexandre Baldy, conselheiro especial da empresa no Brasil, que deu detalhes sobre os planos de investimento da companhia no Brasil. A BYD assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford entre 2001 e 2021 em Camaçari (BA).

Recentemente, a Raízen (RAIZ4) e a montadora anunciaram vão construir “hubs” de recarga elétrica em oito capitais brasileiras, como parte de um projeto conjunto que visa impulsionar o mercado de veículos elétricos que vem ganhando tração no país, disseram as empresas à Reuters.

O acordo prevê a instalação de 600 pontos de recarga rápida pelo país com a marca Shell Recharge nos próximos três anos, à medida que a Raízen busca ter 25% desse mercado.

Money Times: Quais são os planos da BYD no Brasil e qual a importância do país pensando nas ideias de expansão e descarbonização?

Alexandre Baldy: Nós somos uma das empresas mais comprometidas com a descarbonização e com a proteção ambiental. Se você avaliar as matrizes elétricas aqui do Brasil, todas são quase totalmente sustentáveis, com 93% da energia elétrica produzida em 2023 vindo de matrizes sustentáveis e renováveis, certamente com a fabricação no Brasil, teremos ainda mais a demonstração do compromisso da BYD com o meio ambiente na elaboração, fabricação e apresentação de produtos no mercado brasileiro.

Money Times: Como a parceria com a Raizen é importante para a empresa? Novos acordos podem ser costurados?

Alexandre Baldy: Certamente (sobre a possibilidade de novos acordos). A Raízen é hoje a nossa maior parceira na implantação daquilo que é o mais importante para o consumidor brasileiro e para as marcas como a BYD, que é a implementação da infraestrutura. Dessa maneira, temos muita expectativa de que essa parceria continue crescendo, com investimento muito forte de ambas as empresas para que a gente possa demonstrar seriedade e compromisso, que é o desejo do nosso consumidor.

Money Times: Você destacou a ideia da BYD se tornar uma empresa brasileira. Pensando que o Brasil será o grande líder da transição energética, com produtos únicos como o E2G, SAF, hidrogênio verde, biogás, entre outros. A grande montadora nacional, tão sonhada pelos brasileiros, é a BYD?

Alexandre Baldy: Eu acredito muito que a BYD será uma empresa que o brasileiro terá a sensação que ela nasceu aqui, a partir da própria produção e desenvolvimento no país. Temos o compromisso de investir no Centro de Desenvolvimento na Bahia, para que seja um dos mais importantes referenciais do planeta, com a demonstração que a gente possa entender a realidade do mercado global, com a nossa realidade local. Sempre com um compromisso ambiental.

Money Times: Qual a importância da transição no Governo Federal, com o novo mandato do presidente Lula e a aproximação com a China, além de políticas cada vez mais voltadas ao meio ambiente, para a chegada da BYD no Brasil

Alexandre Baldy: Foi fundamental a presença do presidente da República em visita a China para que ele pudesse apresentar ao fundador da BYD a posição do governo brasileiro, em termos de intenção de atrair investimentos estrangeiros com compromissos para a descarbonização. Sendo assim, essa visita e essas reuniões foram fundamentais na decisão da BYD em investir na sua maior planta industrial fora da China no mundo, que fica hoje no Brasil.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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