Coluna do Market Makers

Investimentos: Vender ativos ao som dos canhões nem sempre é ruim

29 jul 2022, 10:52 - atualizado em 29 mar 2023, 18:41
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Correndo na frente: Ao se antecipar ao possível pânico que um lockdown em Londres causaria no mercado, o Ibiúna Investimentos garantiu bons retornos (Imagem: REUTERS/Hannah McKay)

“Compre ao som de canhões, venda ao som de violinos”. Frases como essa são sempre usadas no mercado para mostrar como é importante agirmos contra os nossos mais primitivos instintos de sobrevivência.

Se estou aqui escrevendo esse texto para todas as 7 pessoas que vão lê-lo, é porque nossos parentes que viviam na era das cavernas conseguiram fugir dos predadores da época. Ser corajoso quando os outros estão com medo? Diga isso de frente para um tigre dentes de sabre.

Pois é, mas outra regra importante que existe é que toda regra tem sua exceção. E no último episódio do Market Makers, descobrimos como ser medroso tem lá suas vantagens.

Esse é um daqueles aprendizados quase impossíveis de serem absorvidos em livros ou cursos: somente convivendo com profissionais com tanta experiência é possível tirar essas lições.

O “professor” desta lição foi Rodrigo Azevedo, gestor macro e fundador da Ibiuna Investimentos, uma gestora que possui cerca de R$ 30 bilhões em ativos sob gestão. Ele contou uma passagem do que eles fizeram no começo de 2020, quando ele agiu com medo dos efeitos do Coronavírus antes mesmo de ele ser considerado uma ameaça mundial.

“Em fevereiro que aquela onda vindo da China começou a chegar na Itália. Eu lembro bem que a nossa discussão foi quando apareceu o primeiro caso em Londres. Em Londres é um outro capítulo. Por quê? Quando um perigo chega perto da gente, todo mundo reage.

Londres é um dos maiores centros financeiros globais. Então a gente imaginou: se houver um lockdown em Londres os mercados vão apavorar. Então, quando surgiu o primeiro caso em Londres, a gente ficou muito cauteloso e mudou toda a estrutura do fundo.”

Ao invés de ser corajosa no momento de pânico, a turma da Ibiuna agiu diferente, sendo mais ágil do que os outros. Fazendo a analogia dos nossos antepassados, Azevedo correu antes mesmo do tigre aparecer.

O resultado disso foi que o Ibiuna Hedge STH (fundo “carro chefe” da casa) conseguiu se antecipar muito bem aos movimentos que ocorreram nos mercados ao longo de 2020, 2021 e agora em 2022.

Ter saído mais cedo do que os outros fez com que a gestora tomasse as decisões de investimentos sempre com “um passo à frente”.

Nesses 3 anos, o fundo acumula ganhos na faixa de 50%, mais que o dobro do CDI do período, o que coloca ele entre os melhores multimercados do Brasil no período

Esse aprendizado por si só já valeria o episódio, mas essa nem foi a melhor lição aprendida. O fundador da Ibiuna deu uma verdadeira aula sobre por que a inflação se tornou o maior inimigo do mercado neste ano, passando desde seu surgimento em 2020 (durante os estímulos concedidos pelos governos e pela quebra nas cadeias de suprimento mundo afora) até a situação atual.

Eu saí desse episódio muito mais inteligente do que entrei graças a essa aula de inflação. Espero que o mesmo aconteça com os sete leitores desta newsletter.

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