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Investir na Oi está menos arriscado agora, diz BTG; ação ganha novo preço-alvo de R$ 2,80

22 set 2020, 21:10 - atualizado em 23 set 2020, 4:29
Oi OIBR3 Telecomunicações Operadoras
“Agora a empresa está autorizada a vender ativos que podem levantar R$ 24 bilhões, que seria usado para pagar algumas dívidas”, afirma o BTG (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O plano de reestruturação da Oi (OIBR3;OIBR4), aprovado em assembleia com credores no último dia 8 de setembro, ejetou ânimo novo na tele e fez com que o BTG Pactual elevasse o preço-alvo dos papéis de R$ 2 para R$ 2,80, potencial de valorização de 63%.

Segundo os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, que assinam o relatório, a revisão do plano torna a Oi bem menos arriscada.

“Agora a empresa está autorizada a vender ativos que podem levantar R$ 24 bilhões, que seriam usados para pagar algumas dívidas e fornecer o capital necessário para investir em sua estratégia focada em fibra”, afirmam.

A dupla também elevou as projeções do lance inicial para a venda da divisão móvel de R$ 15 bilhões para R$ 16,5 bilhões.

Dos ativos à venda, o único que não recebeu proposta foi a Oi Infra, o que deve acontecer em novembro.

Negócio de fibra está indo bem

Segundo os analistas, a estratégia de focar apenas no negócio de fibra ótica está surtindo efeitos. A rede FTTH, considerada uma das mais avançadas do mercado, já atingiu 6,7 milhões de residências no final do segundo trimestre, conectando 1,3 milhão de clientes.

“Esperamos que a empresa termine 2020 com 2 milhões de clientes conectados e faturamento anualizado de R$ 2 bilhões. Até o final de 2021, estimamos 3,5 milhões de clientes conectados e faturamento de R$ 3,6 bilhões”, disseram.

No final de 2018, a Oi tinha apenas 100 mil clientes, lembram.

OIBR3 OIBR4 OI
A Oi pretende utilizar parte do dinheiro arrecado para enxugar as dívidas, que somam R$ 27 bilhões (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Dívidas

A Oi pretende utilizar parte do dinheiro arrecadado para enxugar as dívidas, que somam R$ 27 bilhões.

Segundo a dupla, o débito de R$ 4,1 bilhões com o BNDES deve ser liquidado imediatamente com a venda da divisão móvel.

“Também esperamos que os R$ 3,6 bilhões em debêntures sejam pagos rapidamente”, completaram.

Os analistas calculam que a dívida bruta da Oi deva cair para R$ 10,9 bilhões e a dívida líquida para R$ 4,8 bilhões depois da reestruturação.

“Ainda sobrariam R$ 8,4 bilhões da venda de ativos para investir e expandir seus negócios”, completam.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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