Comprar ou vender?

Invista como Rocky Balboa: seja o último a ficar de pé no mercado

23 mar 2020, 14:33 - atualizado em 23 mar 2020, 16:31
Rocky Balboa, vivido por Sylvester Stallone
Durão: apanhar faz parte do jogo; o importante é aguentar (Imagem: Divulgação/Rocky Balboa)

Ninguém duvida que a pandemia de coronavírus nocauteou até os mais hábeis investidores. Muitos querem fugir do ringue e esquecer tudo. Mas, para a gestora americana Invesco, é hora de aguentar firme e seguir na luta, não importa quão forte seja o tombo.

Brian Levitt, estrategista global da Invesco, cita explicitamente uma das cenas mais conhecidas da franquia Rocky Balboa – o pugilista ítalo-americano vivido por Sylvester Stallone em nove filmes.

Trata-se da conversa em que o lutador, então pensando em retomar a carreira após se aposentar, faz um discurso sobre perseverança e a dureza da vida para seu filho Robert, que se opunha à ideia.

“Você, eu, ninguém vai bater mais duro que a vida. Mas, não se trata de quão duro ela bate. Trata-se de quanto você consegue apanhar e seguir em frente. Quanto você apanha e segue. É assim que se vence no final”, diz um veterano Rocky Balboa, no filme lançado em 2006.

No relatório obtido pelo Money Times, Levitt incita os clientes a resistirem ao medo de fugir do mercado. “Os grandes ganhos de 2019 desapareceram entre o Dia de São Valentino e de São Patrick”, diz. “O instinto é vender”.

Mas Levitt lembra o básico – ninguém tem bola de cristal para saber quando a crise terminará, ou, pelo menos, se já chegamos no fundo do poço.

Reação

Baseado na análise de cinco períodos de forte queda das bolsas americanas (a Grande Depressão de 1929, o crash de 1987, a Guerra do Golfo de 1991, o estouro da bolha de internet de 2001, e a crise financeira de 2008), o analista faz uma distinção.

“Não há uma época ruim para comprar ações em geral, embora certamente haja épocas melhores para fazê-lo”, diz. Levitt realizou algumas simulações para verificar quanto um investidor perderia ou lucraria, a partir do ponto médio do mercado, nos cinco períodos de queda.

O motivo de escolher o ponto médio é óbvio: ninguém sabe quando o mercado bateu no fundo. Assim, Levitt verificou que, a partir do ponto médio da queda, um investidor perderia ainda 38% até a virada do mercado.

Mas, dez anos depois, o indivíduo teria acumulado um retorno médio de 110% sobre o ponto médio da queda. “Quem, entre nós, não apoiaria, agora mesmo, uma estratégia para potencialmente dobrar o nosso dinheiro em dez anos?”, indaga.

“O ditado popular diz que o tempo cura todas as feridas. A história sugere que, nos mercados, o tempo não apenas cura as feridas, mas nos mantém seguindo em frente, mesmo quando somos precipitados”, resume.

Veja a famosa cena de Rocky Balboa, a que o relatório de Levitt se refere.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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