Economia

IPCA: Inflação surpreende e sobe 0,26% em julho

12 ago 2025, 9:02 - atualizado em 12 ago 2025, 9:16
inflação ipca brasil
Inflação brasileira volta a acelerar em julho. (Imagem: inkdrop)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,26% em julho — uma leve aceleração em relação à alta de 0,24% apurada em junho.

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O indicador veio abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para um avanço de 0,35%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Money Times.

O resultado mensal foi influenciado pela energia elétrica residencial, que registrou o maior impacto individual no índice, de 0,12 ponto percentual (p.p.), assim como em maio e junho.

Em julho, manteve-se a bandeira tarifária vermelha patamar 1, vigente desde junho, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Além disso, a alta reflete reajustes em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), o IPCA soma alta de 3,26% no ano de 2025.

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Já em 12 meses, o acumulado é de 5,23%. A estimativa do mercado era de 5,34%.

A inflação segue acima da meta perseguida pelo Banco Central, de 3% com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

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Os grupos do IPCA

Além da energia elétrica, no grupo habitação (+0,91%), houve reajustes na taxa de água e esgoto (0,13%) em algumas áreas.

Pelo lado das altas, o grupo despesas pessoais (+0,76 %) teve a segunda maior variação e impacto no mês. O aumento foi impulsionado pelo reajuste nos jogos de azar (+11,17%).

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Os transportes aceleraram em julho (+0,35%), impulsionados pela alta nas passagens aéreas (19,92%). Os combustíveis, por sua vez, recuaram 0,64%, com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).

Em saúde e cuidados pessoais (+0,45%), destacam-se as altas nos itens de higiene pessoal (+0,98%) e no plano de saúde (+0,35%).

Pelo lado das quedas, os grupos de alimentação e bebidas (-0,27%) e vestuário (-0,54%) lideraram.

Alimentação e bebidas ficou no negativo pelo segundo mês seguido, puxada pela alimentação no domicílio (-0,69%), com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou para 0,87%, com destaque para o subitem lanche (+1,90%).

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No vestuário, os destaques são as quedas na roupa feminina (-0,98%) e masculina (-0,87%).

As demais variações e impactos no IPCA de julho foram: artigos de residência (+0,09%), educação (+0,02%) e comunicação (-0,09%).

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.