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IPO da JBS nos EUA deve ficar para o segundo semestre

16 maio 2017, 16:39 - atualizado em 05 nov 2017, 14:04

Joesley Batista

O presidente da JBS, Wesley Batista, afirmou nesta terça-feira, 16, que a empresa ainda analisa o despacho judicial de sexta-feira, 12, e que “no nosso entendimento não cria problema para seguirmos adiante” com a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da JBS Foods International na Bolsa de Nova York (Nyse), nos Estados Unidos. “Se tiver algum entendimento contrário, será resolvido”, afirmou, em teleconferência com analistas e investidores.

“Nosso jurídico não vê que isso nos impeça de seguir adiante”. Batista afirmou que a perspectiva agora é que a abertura seja concluída no segundo semestre deste ano e não mais no primeiro semestre, como foi anunciado inicialmente. Na última sexta-feira, a Polícia Federal divulgou a operação Bullish, que investiga supostas irregularidades no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à JBS.

O juiz Ricardo Augusto Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, proibiu os irmãos Joesley e Wesley Batista de promover qualquer mudança estrutural nas empresas do grupo J&F Investimentos. Também determinou que não pode ser feita a inclusão ou exclusão de sócios até a produção do relatório final da PF sobre os negócios dos irmãos.

Ele ainda proibiu o grupo de realizar abertura de qualquer empresa no Brasil ou no exterior. Batista disse ainda que mesmo com os eventos da Operação Carne Fraca, a empresa continuou trabalhando nesse projeto de IPO. “Não mudamos nossa rotina em nada, seguimos nossos planos”, disse. “Nós acreditamos que um IPO no segundo semestre é o momento mais próximo de imaginarmos, do que tentar sair a mercado com algumas questões pendentes com relação a isso que aconteceu”, completou.

Pendências

Apesar de ter a perspectiva de que o IPO seja feito no segundo semestre, Batista afirmou que, enquanto houver pendências que impactem no valuation da operação, “não vale a pena” concluir o plano. “Quando estiver claro para o mercado e não tiver dúvida de pessoas (investidores) interessadas que não seja sobre a companhia e seu resultado, não vale a pena o nosso o objetivo, que é precificar a companhia no valor que ela tem”, afirmou Batista, em teleconferência com analistas e investidores.

Ainda na teleconferência, os executivos da empresa disseram que o trabalho na divisão Seara da empresa está focado na melhoria de margens. “Não admitimos trabalhar com margem abaixo de dois dígitos nesse negócio, achamos isso uma anormalidade”, afirmou Batista. Os executivos disseram ainda que não há nenhuma estratégia, dentro da divisão de transformar marcas regionais em nacionais. “As marcas regionais têm um único papel de proteção da marca Seara.”

(Por Camila Turtelli)

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