Estados Unidos (EUA)

Irã apresenta exigências aos Estados Unidos sobre acordo nuclear

23 maio 2018, 13:20 - atualizado em 23 maio 2018, 13:54

A tensão entre Estados Unidos e Irã cresce a cada dia. Um dia depois do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, apresentar 12 exigências ao Irã relacionadas ao programa nuclear do país, foi a vez de o presidente iraniano, Hassan Rouhani, responder de forma incisiva. “Quem é você que quer decidir pelo Irã e pelo mundo?”, perguntou o iraniano. A imprensa iraniana destaca uma série de exigências para uma eventual aproximação entre Irã e Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O jornal Iran Daily também reforçou a reação do governo iraniano destacando em sua manchete “Europeus rejeitam a lista de condições americanas para o Irã”. O Tehran Times também rebate as 12 exigências interpretadas como um pedido de rendição.

Tehran Times apresenta 12 pré-requisitos das autoridades iranianas para conversar com os norte-americanos. A lista inclui total desarmamento nuclear e destruição de armas nucleares americanas, sob supervisão internacional, o fim dos mísseis intercontinentais americanos e a retirada das tropas americanas do Golfo Pérsico, da Ásia, da Índia e do Afeganistão.

Os iranianos também exigem o pedido oficial de desculpas pelas articulações políticas de 1953, que levaram ao poder o regime do Xá Pahlev por 25 anos e admissão de total responsabilidade pelo apoio a Saddam Hussein na guerra imposta ao Irã.

Resgatando episódios passados, a lista inclui a aceitação, pelo governo americano, da responsabilidade total pela derrubada de um avião iraniano de passageiros em 1988, na rota Teerã-Dubai, com compensação aos sobreviventes e admissão de responsabilidade pela criação dos grupos Estado Islâmico e Al Qaeda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As condições publicadas pelo Tehran Times não são oficiais, mas sinalizam um recado do governo iraniano ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou o acordo nuclear assinado em 2015, que conta com apoio da Europa, Rússia e China.

Compartilhar

agencia.brasil@moneytimes.com.br