Giro do Mercado

Irã pauta bloqueio de rota fundamental para o petróleo; veja o que esperar

23 jun 2025, 14:05 - atualizado em 23 jun 2025, 14:05

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As tensões no Oriente Médio escalaram com a entrada dos Estados Unidos na guerra entre Israel e Irã. O presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou o bombardeio de três instalações nucleares do país persa no último sábado (21).

Em resposta, o parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% de todo o petróleo comercializado globalmente. Com o possível bloqueio, parte dos analistas avalia que os preços da commodity podem disparar.

No Giro do Mercado desta segunda-feira (23), a jornalista Paula Comassetto recebeu Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, para comentar o que muda no conflito na perspectiva global com a entrada dos EUA.

“Estava telegrafado que os Estados Unidos fariam alguma coisa. O mercado sabia que isso aconteceria e o fato disso ter vindo rápido faz com que o mercado consiga moderar um pouco o tom”, disse Spiess.

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O analista diz que, do ponto de vista econômico, o fechamento da rota do petróleo é a principal ameaça. No entanto, o especialista crê que uma reação mais forte do Irã é pouco provável.

“Toda vez que temos uma escalada para além do Oriente Médio dos conflitos que nascem ali, as consequências para o mundo são muito altas. Só que nesta situação atual, o Irã tem se mostrado fragilizado e os principais aliados como Rússia e China não parecem dispostos a se envolver diretamente”, afirma.

Um eventual fechamento do Estreito de Ormuz poderia elevar os preços do petróleo acima dos US$ 120, que seria o dobro do preço da commodity antes do conflito. Com isso, outros países poderiam sofrer economicamente e se opor ao Irã. “O mercado não acredita 100% que ele fará essa medida”, diz.

Ibovespa recua

Com a escalada da guerra e a nova alta dos juros na semana passada, o Ibovespa (IBOV) recua nesta segunda (23). Por volta das 14h, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,7%.

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O petróleo abriu o dia em alta, mas virou para a queda no início da tarde. A perspectiva de que o estreito não seja fechado mantém os preços do barril de brent cercando os US$ 74, caindo 2% em relação ao dia anterior.

Do lado das ações, Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) lideram as altas do dia, subindo 4,5% e 3,7%, respectivamente. As empresas marcaram nova data para votação sobre a fusão, que agora será decidida no dia 14 de julho.

Na ponta negativa, Vamos (VAMO3) cai mais de 6%, Cosan (CSAN3) recua 4,2% e Azzas 2154 (AZZA3) cai 3,9%, registrando as maiores quedas do dia. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) operam de lado, com leve oscilação positiva.

O programa ainda abordou mais efeitos da escalada dos conflitos no Oriente Médio e o momento da economia brasileira com a Selic a 15%. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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