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IRPF 2022: 5 passos simples para organizar declaração de investimentos em ações

24 maio 2022, 15:56 - atualizado em 24 maio 2022, 15:56
Ibovespa, Imposto de Renda, B3
Se até o dia 31 de dezembro de 2021 você possuía mais de R$ 1 mil em ações na B3, é necessário declarar (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O prazo final para prestar contas com o Leão este ano foi estendido até o dia 31 de maio.

Todos os que realizam operações de ativos na Bolsa de Valores, como a compra e venda de ações, devem fazer a a declaração do Imposto de Renda. Em 2022, devem ser declarados os valores acima de R$ 1 mil até o dia 31 de dezembro.

A regra geral é que os bens e direitos dos contribuintes devem ser declarados sempre que os valores tiverem superado R$ 28.559,70 ao longo do ano passado.

Entretanto, tratando-se de ações e quotas negociadas no mercado, é obrigatória a declaração de ativos com valor total superior a R$ 1 mil — ou seja, se até o fim de 2021 você possuía mais de R$ 1 mil em ações na B3, é necessário fazer o passo a passo da declaração desses investimentos.

Confira a seguir o passo a passo preparado pelo Money Tines para declarar suas ações no IRPF 2022:

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1 – Reúna todos os documentos

O investidor deve ter em mãos todas as notas de corretagem e os informes de rendimentos relativos às operações entre o dia 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2021. Estes documentos são disponibilizados pelas próprias corretoras e nos portais de relacionamento com o investidor das empresas.

Confira a variação de posição do ativo mês a mês, além de verificar os recebimentos de proventos ao longo do ano.

2 – Utilize o programa IRPF 2022

Aqui você pode acessar o tutorial, produzido pelo Money Times, de como utilizar o programa de computador Receita Federal para declarar seu imposto de renda.

3 – Não esqueça dos rendimentos isentos

A negociação de ações em valores de até R$ 20 mil é isenta de tributação, mas, atenção: o investidor não deve deixar de declarar as posições.

No programa da receita, vá até a aba “Rendimentos isentos e não tributáveis” e, depois, no código “20 – Ganhos líquidos em operações no mercado à vista de ações negociadas em Bolsas de Valores nas alienações realizadas até R$ 20 mil”.

Preencha os valores de acordo com os documentos reunidos anteriormente.

4 – Declarar rendimentos tributáveis

Para operações com valores superiores a R$ 20 mil, além da declaração obrigatória, existe a tributação.

A declaração deve ser feita na aba “Renda variável”, e na opção “Operações comuns/ Day Trade”. Lá é preciso informar à receita os lucros obtidos em operações ao longo de 2021. No caso de prejuízo, o valor também deve ser declarado, havendo a possibilidade de abatê-lo no valor a ser pago.

5 – Declare os proventos

Ao final, é preciso declarar os valores de Dividendos e Juros sobre Capital Próprioregistrados nos informes de rendimento.

Os dividendos são isentos de tributação, então só é preciso informar o recebimento para a Receita.

Entretanto, os Juros sobre Capital Próprio têm seu Imposto de Renda retido na fonte, no momento do pagamento da empresa ao acionista.

Com isso, Dividendos devem ser declarados dos “Rendimentos isentos e não tributados”, enquanto  JCP ficam na seção de “Rendimentos sujeitos a tributação exclusiva/definitiva”.

Veja mais! O que é e quem precisa declarar o Imposto de Renda:

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Estagiária
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.
laura.intrieri@moneytimes.com.br
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.