Internacional

Israel ameaça fazer Teerã “queimar” após ataques de retaliação do Irã

14 jun 2025, 13:34 - atualizado em 14 jun 2025, 13:35
Israel
(Imagem: Reprodução Youtube Associated Press)

Irã e Israel trocaram mísseis e ataques aéreos neste sábado (14), um dia após Israel lançar uma ampla ofensiva contra seu antigo inimigo. A operação israelense teria matado comandantes militares, cientistas e atingido instalações nucleares, em uma tentativa declarada de impedir o Irã de desenvolver uma arma atômica.

Em Teerã, a TV estatal iraniana informou que cerca de 60 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram após o ataque a um complexo habitacional. Há relatos de novos bombardeios em diversas regiões do país. Israel afirmou ter atacado mais de 150 alvos em território iraniano.

Já em Israel, sirenes de ataque aéreo soaram ao longo da noite, levando moradores a buscarem abrigo. Ondas de mísseis balísticos foram lançadas do Irã e interceptadas por sistemas de defesa aérea. Segundo autoridades israelenses, o Irã disparou cerca de 200 mísseis em quatro ondas, resultando em pelo menos três mortes em solo israelense.

O ministro da Defesa de Israel, Bezalel Smotrich, declarou que, caso o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, continue a disparar mísseis contra Israel, “Teerã queimará”. A fala foi transmitida em rede nacional pela televisão estatal israelense.

Segundo o governo israelense, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, ajudaram a interceptar os mísseis iranianos. O ex-presidente norte-americano Donald Trump elogiou os ataques israelenses e alertou que algo muito pior poderá acontecer caso o Irã não aceite rapidamente um acordo de redução de seu programa nuclear. Com isso, os EUA suspenderam as negociações nucleares que estavam previstas para retomada neste domingo.

Em Teerã, uma fonte local afirmou que a ofensiva pode durar semanas e que incitará o povo iraniano a se levantar contra o regime clerical islâmico, aumentando o temor de uma escalada regional com envolvimento de outras potências.

Ameaça ao Estreito de Ormuz e convocação da AIEA

O comandante parlamentar iraniano Ismail Kowsari afirmou que o Irã pode decidir fechar o Estreito de Ormuz, rota estratégica para o escoamento global de petróleo.

O governo iraniano também reafirmou que seu programa nuclear tem fins exclusivamente civis e está em conformidade com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Como resposta à escalada, o Irã convocou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para uma inspeção emergencial em suas instalações, marcada para quinta-feira (19).

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A ofensiva também ampliou o risco de um conflito regional. Vinte mísseis foram disparados de Gaza, enquanto ataques de artilharia israelenses atingiram posições do Hezbollah no Líbano. A operação teria como alvo forças aliadas ao Irã, como Hamas, Hezbollah e outros grupos em territórios vizinhos, reduzindo suas ações de retaliação.

Estados árabes do Golfo, que há muito desconfiam do Irã, pediram contenção diante do temor de serem atingidos caso o conflito escale. Os receios sobre o impacto na cadeia global de energia levaram à disparada no preço do petróleo bruto, que subiu cerca de 7% na sexta-feira (13).

Com informações Reuters e Agência Brasil

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