Internacional

Israel x Irã: O ponto sensível e outros efeitos para o agronegócio brasileiro

16 jun 2025, 15:44 - atualizado em 16 jun 2025, 15:44
israel irã agronegócio
(iStock.com/theasis)

O mundo segue de perto os desdobramentos do conflito entre Irã e Israel que se iniciou na semana passada. E, para o Brasil, há alguns efeitos que podem afetar o agronegócio brasileiro.

De acordo com Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro, o ponto mais sensível para o setor fica ureia exportada para o Brasil, já que o Irã é um dos principais exportadores para o Brasil, ainda que atrás de Rússia, Omã e Qatar, segundo a ComexStat.

O Brasil produz menos de 20% da ureia que consome e importa cerca de 85% de fertilizantes para consumo interno por ano. Em 2024, o país importou um volume recorde de 44,3 milhões de toneladas, um aumento de 8,3% em comparação com 2023.

“Além disso, o Irã também compra bastante milho do Brasil. No entanto, como exportamos milho para vários países, nenhum tem um peso individual muito grande na nossa pauta exportadora desse produto. Israel é um fornecedor de cloreto de potássio para o Brasil. Mas, apesar desse atrito militar, não vejo motivos para que haja qualquer alteração nesse comércio”, comenta Serigati.

Outros efeitos secundários, segundo Serigati, ficam para elevação dos preços do petróleo e possíveis encarecimentos do frete, ainda que o estreito de Ormuz e o de Bab al-Mandab não sejam rotas importantes para os produtos do agro brasileiro.

“Por outro lado, um encarecimento do frete devido a esses dois ‘estreitos’ pode tornar o trânsito de contêineres mais caro, independentemente da rota”, diz, lembrando os efeitos já causados no Canal de Suez em maio de 2024.

Quanto ao dólar e inflação no Brasil, o pesquisador acredita que seja cedo e incerto para afirmar que haverá impactos.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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