Economia

Itaú Asset prevê Selic a 15% e inflação acima do teto da meta em 2025 

05 dez 2024, 17:27 - atualizado em 05 dez 2024, 17:54
Thomas Wu - Itaú Asset
Segundo o economista-chefe, Thomas Wu, o cenário macroeconômico atual é "momento oportuno" para o governo equilibrar as contas públicas

Para o economista-chefe do Itaú Asset, Thomas Wu, a taxa básica de juros, a Selic, deve atingir 15% ao ano em 2025. 

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Isso porque a Selic em patamar elevado, acima de 10% ao ano, teve pouco efeito sobre a economia brasileira esse ano, avaliou durante evento da gestora sobre as tendências do mercado para 2025.

“É uma taxa alta que tem efeitos colaterais, mas não fez efeito”, disse.

O Itaú Asset também projeta uma desaceleração do crescimento da economia de 3,6% previstos para este ano para 2,6% em 2025, puxada pela restrição na oferta de crédito, principalmente no mercado de trabalho. 

“Está faltando dinheiro para contratar [crédito]. Para contratar, tem que aumentar o salário [mínimo], que também joga a inflação para cima e começa a correr um pouco da renda real. Você vai ao supermercado e seu dinheiro vale menos. É mais essa desaceleração que a gente está vendo”, afirmou. 

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Com esse cenário, a inflação deve atingir 6% no próximo ano, acima da meta de 3% do Banco Central, segundo as contas da equipe de Thomas Wu. 

“Não é um cenário confortável. Se não recuperar o benefício da dúvida [sobre os esforços do governo em equilibrar as contas públicas], pode complicar ainda mais”, disse o economista-chefe. 

‘Momento é oportuno para equilibrar as contas públicas’

Na visão de Wu, o Brasil não está em crise, mas ainda não é um país estável em relação à consolidação fiscal. 

Para ele, o cenário macroeconômico atual, de índices de desemprego e de miséria na mínima histórica, propiciam “momento oportuno” para o equilíbrio das contas públicas por meio de uma revisão dos gastos, especialmente dos programas sociais. 

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“Não tem ambiente para resolver isso? Parece ser o melhor momento ”, afirmou Wu. “Eu acho que estamos perdendo uma grande chance de mostrar que há a capacidade de ser disciplinado quando as coisas ainda estão boas”, acrescentou. 

“É preciso recuperar o benefício da dúvida para mostrar que esse momento é oportuno para tornar o nosso arcabouço fiscal mais consistente, com equilíbrio [nas contas públicas] e crescimento sustentável [da dívida]”.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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