Ibovespa: Itaú BBA aumenta projeção e prevê índice aos 155 mil pontos; veja 10 ações para lucrar

Quase sete meses após a revisão anterior, o Itaú BBA atualizou a projeção do Ibovespa (IBOV) e prevê que o principal índice da bolsa brasileira atinja os 155 mil pontos no final deste ano. A estimativa anterior, divulgada em janeiro, era de 145 mil pontos.
O novo preço-alvo implica em uma valorização de 16% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (4) — quando o índice superou os 141 mil pontos pela primeira vez e renovou o recorde nominal histórico de fechamento.
Assim como na revisão de janeiro, o valuation é um dos principais motivos para a aposta de alta do Ibovespa.
Nas contas dos analistas do Itaú BBA, o Brasil é negociado a 8,3 vezes o preço em relação ao lucro (P/L) — abaixo da média histórica de 10,7 vezes P/L. O que, segundo eles, ainda precifica um cenário pessimista.
Vale lembrar que o múltiplo P/L mostra em quantos anos o investidor tem de volta o valor investido com base nos lucros das companhias. Ou seja, quanto menor o P/L, mais baratas estão as ações.
O novo preço-alvo também leva em consideração um “efeito positivo” de um custo de capital menor com a expectativa de início de afrouxamento monetário nos próximos 12 meses, em meio a incertezas fiscais e crescimento mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Por isso, os analistas liderados por Daniel Gewehr avaliam que o Ibovespa deve ser impulsionado pelos setores domésticos e de commodities.
Contudo, há o risco de revisões para baixo dos resultados das companhias com juros ainda elevados e preços de commodities mais baixos.
Quais ações colocar na carteira?
A revisão do preço-alvo do Ibovespa também veio acompanhada de mudanças na carteira do Itaú BBA.
As ações da Santos Brasil (STBP3), Caixa Seguridade (CXSE3), Grupo Mateus (GMAT3) e Petrobras (PETR4) cederam lugares para Multiplan (MULT3), Bradesco (BBDC4), GPS (GGPS3), e Prio (PRIO3)
A carteira ainda é composta pela Equatorial (EQTL3), Sabesp (SBSP3), Direcional (DIRR3), BTG Pactual (BPAC11), Suzano (SUZB3) e Rede D’Or (RDOR3).
De acordo com o time de estratégia, a nova carteira tem como base quatro teses:
- carrego — considerando dividendos;
- TIRs de dois dígitos e;
- proteção contra inflação —, qualidade/ alto retorno sobre patrimônio (ROE) e exposição cambial.
Nesse “quadro” se destacam as empresas dos setores elétrico, saneamento, infraestrutura e shoppings e as companhias cíclicas como financeiras, construtoras de baixa renda e transporte.
As exportadoras e empresas de commodities também estão entre as escolhas do Itaú BBA.
Confira a nova carteira recomendada:
AÇÃO | SETOR | PESO | PREÇO-ALVO |
---|---|---|---|
Equatorial (EQTL3) | Energia Elétrica | 10% | R$ 50,10 |
Sabesp (SBSP3) | Saneamento | 10% | R$ 132,21 |
Multiplan (MULT3) | Shoppings | 10% | R$ 36,00 |
Direcional (DIRR3) | Construção | 5% | R$ 61,00 |
BTG Pactual (BPAC11) | Bancos | 15% | R$ 40,00 |
Bradesco (BBDC4) | Bancos | 10% | R$ 20,00 |
Prio (PRIO3) | Óleo e Gás | 15% | R$ 62,00 |
Suzano (SUZB3) | Papel e Celulose | 10% | R$ 63,00 |
GPS (GGPS3) | Transportes/Serviços | 5% | R$ 22,00 |
Rede D’Or (RDOR3) | Saúde | 10% | R$ 46,00 |
Todas as ações têm recomendação de compra.