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Ibovespa: Itaú BBA aumenta projeção e prevê índice aos 155 mil pontos; veja 10 ações para lucrar

08 jul 2025, 12:54 - atualizado em 08 jul 2025, 12:54
ações
A revisão do Ibovespa considera o custo de capital mais baixo das empresas com expectativas de cortes na Selic e valuation (Imagem: MariuszBlach/Getty Images)

Quase sete meses após a revisão anterior, o Itaú BBA atualizou a projeção do Ibovespa (IBOV) e prevê que o principal índice da bolsa brasileira atinja os 155 mil pontos no final deste ano. A estimativa anterior, divulgada em janeiro, era de 145 mil pontos. 

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O novo preço-alvo implica em uma valorização de 16% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (4) quando o índice superou os 141 mil pontos pela primeira vez e renovou o recorde nominal histórico de fechamento. 

Assim como na revisão de janeiro, o valuation é um dos principais motivos para a aposta de alta do Ibovespa. 

Nas contas dos analistas do Itaú BBA, o Brasil é negociado a 8,3 vezes o preço em relação ao lucro (P/L) — abaixo da média histórica de 10,7 vezes P/L. O que, segundo eles, ainda precifica um cenário pessimista. 

Vale lembrar que o múltiplo P/L mostra em quantos anos o investidor tem de volta o valor investido com base nos lucros das companhias. Ou seja, quanto menor o P/L, mais baratas estão as ações.

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O novo preço-alvo também leva em consideração um “efeito positivo” de um custo de capital menor com a expectativa de início de afrouxamento monetário nos próximos 12 meses, em meio a incertezas fiscais e crescimento mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB) global. 

Por isso, os analistas liderados por Daniel Gewehr avaliam que o Ibovespa deve ser impulsionado pelos setores domésticos e de commodities. 

Contudo, há o risco de revisões para baixo dos resultados das companhias com juros ainda elevados e preços de commodities mais baixos. 

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Quais ações colocar na carteira? 

A revisão do preço-alvo do Ibovespa também veio acompanhada de mudanças na carteira do Itaú BBA.

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As ações da Santos Brasil (STBP3), Caixa Seguridade (CXSE3), Grupo Mateus (GMAT3) e Petrobras (PETR4) cederam lugares para Multiplan (MULT3), Bradesco (BBDC4), GPS (GGPS3), e Prio (PRIO3

A carteira ainda é composta pela Equatorial (EQTL3), Sabesp (SBSP3), Direcional (DIRR3),  BTG Pactual (BPAC11), Suzano (SUZB3) e Rede D’Or (RDOR3).

De acordo com o time de estratégia, a nova carteira tem como base quatro teses:

  • carrego — considerando dividendos;
  • TIRs de dois dígitos e;
  • proteção contra inflação —, qualidade/ alto retorno sobre patrimônio (ROE) e exposição cambial. 

Nesse “quadro” se destacam as empresas dos setores elétrico, saneamento, infraestrutura e shoppings e as companhias cíclicas como financeiras, construtoras de baixa renda e transporte. 

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As exportadoras e empresas de commodities também estão entre as escolhas do Itaú BBA. 

Confira a nova carteira recomendada: 

AÇÃO SETOR PESO PREÇO-ALVO
Equatorial (EQTL3) Energia Elétrica 10% R$ 50,10
Sabesp (SBSP3) Saneamento 10% R$ 132,21
Multiplan (MULT3) Shoppings 10% R$ 36,00
Direcional (DIRR3) Construção 5% R$ 61,00
BTG Pactual (BPAC11) Bancos 15% R$ 40,00
Bradesco (BBDC4) Bancos 10% R$ 20,00
Prio (PRIO3) Óleo e Gás 15% R$ 62,00
Suzano (SUZB3) Papel e Celulose 10% R$ 63,00
GPS (GGPS3) Transportes/Serviços 5% R$ 22,00
Rede D’Or (RDOR3) Saúde 10% R$ 46,00

Todas as ações têm recomendação de compra.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.