Comprar ou vender?

Itaú BBA vê Vivara (VIVA3) como um dos destaques do 3T25 e projeta salto de mais de 30% nas ações

12 out 2025, 15:21 - atualizado em 12 out 2025, 15:22
vivara
(Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Vivara (VIVA3) acumula alta de mais de 45% desde janeiro e, nas contas do Itaú BBA, deve ainda saltar mais 32,9% até o final de 2026, considerando o preço da ação no fechamento da última sexta-feira (10), a R$ 27,08. 

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O banco reiterou a recomendação de compra para as ações VIVA3, com preço-alvo de R$ 36

“Apesar da recente alta — que quase fechou o desconto de valuation em relação aos pares — ainda vemos potencial de alta com novas revisões de estimativas e impulso positivo contínuo”, afirmou o analista Rodrigo Gastim, em relatório. 

Na visão do banco, a partir de agora, o desempenho das ações dependerá da capacidade da Vivara de sustentar o desempenho dos resultados, enquanto melhora a geração de caixa — “determinando efetivamente como o ROIC (Retorno sobre Capital Investido) marginal evoluirá nos próximos trimestres”. 

Por que comprar Vivara agora? 

A visão positiva é sustentada pelas expectativas para o terceiro trimestre (3T25). Para o analista Rodrigo Gastim, a varejista deve se destacar com uma combinação “bem equilibrada” de crescimento da receita líquida, expansão da margem bruta e melhora no Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização). 

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O Itaú BBA também considera que a empresa parece estar avançando mais rapidamente na otimização de estoque, eliminando produtos (SKUs) de baixa rotatividade — ou seja, itens não vendidos há mais de 180 dias — sem qualquer desaceleração visível na receita. 

“A Vivara permanece altamente focada na melhoria da gestão de estoque e caixa – uma alavanca extremamente importante para a evolução futura do ROIC e reavaliação de estoque”, afirma Gastim em relatório. 

O analista destaca que as duas iniciativas estão ganhando força na companhia. 

A primeira delas é o derretimento e reutilização de peças de menor giro, enviando para Manaus apenas o ouro estritamente necessário para a produção – “o que reduziu drasticamente as compras de ouro em 2025 e acreditamos que pode eliminar a necessidade de novas aquisições até meados de 2026”, diz Gastim. 

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Já a segunda medida é a redistribuição de SKUs entre as lojas para maximizar a venda (sell-through). “Esperamos que os dias de estoque se normalizem até o final de 2026”, acrescenta o analista. 

Bandeira Life

O Itaú BBA ainda considera que a bandeira Life — segmento de produtos em prata da Vivara — continua a ser uma “alavanca fundamental” de crescimento e lucratividade para a companhia no próximo ano. 

“Chegou a hora de internalizar peças mais complexas. A administração está intensificando os esforços para acelerar o SSS (vendas nas mesmas lojas) por meio de uma rotação mais rápida de produtos e lançamentos de coleções mais frequentes – os primeiros pilotos já geraram aumentos significativos”, diz o relatório. 

O analista Rodrigo Gastim também observa que à medida que a normalização dos estoques apoie um fluxo de caixa (FCF) “mais forte”, a companhia deve retomar a expansão de lojas, com foco em foco em shoppings e testando formatos de rua selecionados.

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“A empresa já atingiu a escala de produção desejada em termos de quantidade, mas agora pretende expandir sua capacidade em Coleções Life, que são mais complexas, demoradas, mas muito mais agregadoras de valor”, avalia o analista. 

“A internalização desses itens mais complexos deve contribuir ainda mais para a expansão da margem bruta”, acrescenta. 

Ouro em alta: pressão na Vivara? 

Na última quarta-feira (8), o ouro renovou as máximas históricas e ultrapassou o nível de US$ 4 mil por onça-troy. 

Na avaliação do Itaú BBA, a Vivara sentiu, naturalmente, alguma pressão de volume com a valorização do ouro em mais de 100% desde o primeiro trimestre de 2024. Porém, segundo o banco, o impacto líquido permaneceu positivo, com as receitas ainda crescendo na faixa de 15% — o que é “cada vez mais raro no ambiente de varejo atual”. 

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“De modo geral, acreditamos que a maior parte dos ajustes de preço já passou, com apenas ajustes marginais pela frente, principalmente porque a Vivara não está comprando ouro novo por enquanto”, diz o relatório. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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