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Itaú BBA eleva preço-alvo para Copel (CPLE6) e ação sobe até 2% nesta quinta-feira (29)

29 maio 2025, 13:12 - atualizado em 29 maio 2025, 17:50
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As ações da Copel operam em alta em dia de mercado mais avesso ao risco; Itaú BBA eleva preço-alvo para os papéis (Imagem: Copel/Divulgação)

As ações da Copel (CPLE6) figuram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV)  nesta quinta-feira (29), em dia de menor apetite a risco no mercado doméstico. 

CPLE6 subiu 1,51%, a R$ 12,78. Na máxima do dia, os papéis registraram alta de 2,07%. Acompanhe o Tempo Real. 



Embora as ações das empresas elétricas sejam consideradas como ‘defensivas’ em tempos de incertezas, devido ao pagamentos de dividendos, os papéis da Copel são impulsionados pela revisão positiva do Itaú BBA sobre a companhia. 

O banco elevou o preço-alvo para as ações CPLE6 de R$ 13,30 para R$ 13,60 — o que representa um potencial de valorização de 8% sobre o preço de fechamento da véspera (28). A recomendação de compra foi mantida. 

O ajuste, segundo o analista Filipe Andrade, incorpora a curva de preços de energia atualizada — “que foram parcialmente compensadas por novas premissas macroeconômicas e um custo de capital próprio mais alto em comparação com nossa última atualização”, diz o relatório.

O analista também avalia que as ações ainda apresentam um risco-recompensa atraente, apesar da recente valorização. No ano, CPLE6 acumula alta de quase 45% 

“A empresa está sendo negociada a uma TIR (taxa interna de retorno) de 10,3%, com riscos de execução relativamente baixos, uma política de dividendos muito sólida e potenciais catalisadores de curto prazo, como uma possível migração para o Novo Mercado e o próximo leilão de capacidade de reserva”, acrescenta o relatório.

Por que é hora de comprar? 

Com o ajuste do preço-alvo para cima, o Itaú BBA reiterou a recomendação de compra para as ações da Copel. 

Na visão do banco, a companhia tem um volume considerável de energia não contratada para ser vendida nos próximos anos, além da assinatura de novos contratos nos últimos trimestres, capturando spreads atraentes sobre os preços da Dcide — curva de preços de energia no curto e médio prazo.

“Vemos muito mais risco de alta do que de baixa para o preço de energia de longo prazo, pois acreditamos que ele deve convergir para um custo marginal de expansão mais alto, dados os crescentes riscos associados às energias renováveis”, escreve o analista Filipe Andrade em relatório. 

O Itaú BBA estima o preço de energia de longo prazo em R$ 160/MWh, ante a projeção anterior de R$ 150/MWh. 

O analista do Itaú BBA também observa que há um “sólido” descasamento de preços de energia entre as regiões Sul e Sudeste. “O impacto de preços mais altos na região Sul, combinado com a posição vendida da empresa na região Sudeste, poderia levar a margens adicionais no curto prazo”, afirma o analista em relatório. 

“Embora destaquemos que este descasamento de preços é conjuntural, a empresa poderia observar Ebitda adicional se este cenário se materializar em maior extensão nos próximos meses.”

Segundo Andrade, em um cenário de descasamento de aproximadamente R$ 50/MWh entre as duas regiões, a Copel poderia obter um ganho adicional de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de até R$ 142 milhões no segundo semestre de 2025 e R$ 285 milhões em 2026. 

Dividendos extraordinários à vista

A expectativa do Itaú BBA é de que a Copel pegue dividendos mais altos nos próximos anos com maior consistência e previsibilidade, com a nova política de dividendos.  

“Em 9 de maio, a empresa anunciou a tão esperada nova política de proventos, que permite à empresa pagar altos dividendos recorrentes, otimizando sua estrutura de capital e mantendo a alavancagem em níveis sustentáveis”, afirma o banco. 

Na nova política de dividendos, a companhia considera a estrutura de capital ótima definida — de alavancagem de 2,8 vezes na relação dívida líquida e Ebitda com margem de tolerância de 0,3 vezes para mais ou para menos —; um payout mínimo de 75% do lucro líquido; e uma frequência de pagamento mínima de duas vezes por ano.

A Copel encerrou o primeiro trimestre de 2025 (1T25) com alavancagem de 2,3 vezes dívida líquida/Ebitda, abaixo do nível considerado ótimo pela empresa. Mesmo assim, nas contas do  Itaú BBA, há espaço para o pagamento de dividendos extraordinários já em 2025, mantendo a alavancagem próxima do alvo. 

“Estimamos níveis de um dígito alto em 2025 e níveis de dois dígitos baixos a partir de 2026”, diz o relatório. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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