Mercados

Itaú BBA: Queda na taxa de juros forçará investidor a procurar por ações

29 jul 2019, 17:41 - atualizado em 29 jul 2019, 17:41
A potencial entrada nas ações pode levar não apenas a um aumento na liquidez da Bolsa, mas também a uma reavaliação dos múltiplos da Bovespa (Imagem: Pexels)

O Itaú BBA apontou em um relatório que a queda na taxa de juros obrigará os investidores a trocarem a renda fixa pelo mercado de ações. Segundo o banco, mais de R$ 600 bilhões podem ser alocados na bolsa com essa operação.

“De acordo com a nossa análise de sensibilidade, caso 10% dos recursos investidos em títulos de renda fixa, fundos de renda fixa e poupança fossem canalizados para ações, isto implicaria em um fluxo de mais de R$ 600 bilhões para ações, o que corresponde a aproximadamente 25% do freefloat da Bolsa”, afirmaram os analistas.

Sensibilidade ao Fluxo (Bilhões de BRL) (Imagem: Itaú BBA)

Ainda segundo o banco, o potencial de entrada nas ações pode levar não apenas a um aumento na liquidez da Bolsa, mas também a uma reavaliação dos múltiplos da Bovespa (caso os resultados continuem a aumentar e o custo de capital continue a diminuir).

“As baixas taxas de juros possivelmente forçarão os investidores a procurar yields mais elevados, e as ações deve continuar aumentando sua participação na alocação dos investidores”, argumentam os analistas. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 6,5% ao ano, com perceptivas de corte.

Apesar disso, a alocação em ações é baixa quando comparada com os níveis históricos. Segundo a Anbima, a parcela de ações nos portfólios dos fundos brasileiros é de cerca de 10%. Na década passada, esse número havia ultrapassado 20%.

“De acordo com nossas conversas com gestores de fundos multimercado locais, a alocação de ações em fundos multimercado também está distante dos níveis mais elevados”, dizem os analistas.

Parcela de Ações nos Portfólios dos Fundos Brasileiros (Imagem: Itaú BBA)

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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