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Itaú BBA rebaixa Vale (VALE) com China mais fraca e retorno limitado a acionistas

17 ago 2022, 12:15 - atualizado em 17 ago 2022, 12:15
Vale
Itaú BBA projeta um fluxo de caixa mais limitado para a Vale, na esteira de uma performance mais fraca do Ebitda (Imagem: Vale)

O Itaú BBA rebaixou a recomendação de Vale para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado), com preço-alvo para a ADR (VALE) de US$ 15 ao fim de 2023 (contra US$ 20 para 2022), após incorporar os resultados do segundo trimestre.

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O corte reflete a piora do cenário econômico chinês, que sofre as consequências da implantação da política de Covid zero. O BBA destaca que, mesmo com os estímulos recentes, o setor imobiliário, que responde por aproximadamente 35% do consumo de aço no país, não mostrou sinais de melhora até agora.

“Além disso, a produção de aço está declinando cerca de 6,5% no acumulado do ano, e o PMI (índice industrial dos gerentes de compras) de aço ficou apenas em 33 em julho”, comenta o time de análise da instituição, em relatório publicado nesta terça-feira (16).

Os analistas do BBA não esperam ver uma forte retomada na produção de aço chinesa. Eles estão cortando as estimativas para o minério de ferro de US$ 125 para US$ 115 a tonelada em 2022. Para 2023, a projeção de preço caiu de US$ 95 para US$ 90 a tonelada.

O BBA também menciona a dificuldade da Vale de retornar a níveis históricos de produção, com a companhia rebaixando sucessivamente os alvos para a produção de minério de ferro.

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“A Vale não entregou seu guidance inicial de produção para 2020 e, para 2021, enfrentou desafios para alcançar o piso da faixa, principalmente devido a: (i) condições climáticas desafiadoras; e (ii) dificuldade em obter licenças para retomar operações”, lembram os analistas.

O BBA destaca que, no fim de 2020, a Vale chegou a falar de uma capacidade de execução de 400 milhões de toneladas por ano em 2022, o que se compara ao novo guidance para 2022, de 310-320 milhões de toneladas.

Na divisão de metais básicos, a Vale enfrentou interrupções de trabalho e paradas de manutenção inesperadas, acrescenta a instituição.

Retorno limitado

O BBA projeta um fluxo de caixa mais limitado para a Vale, na esteira de uma performance mais fraca do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

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O BBA espera que a Vale execute US$ 3,5 bilhões de seu atual programa de recompra de ações no segundo semestre de 2022 – provavelmente o único retorno para os acionistas até o próximo pagamento de dividendos, esperado para abril de 2023.

“Esperamos uma geração de caixa de US$ 3,8 bilhões (6% yield) em 2023, abaixo dos US$ 8,5 bilhões (14% yield) que tínhamos projetado para 2022″, concluem os analistas.

Os papéis VALE3 são negociados em queda nesta quarta (17). Por volta das 12h10, a mineradora recuava 2,46% na Bolsa brasileira, a R$ 68,23.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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