Economia

Itaú BBA reduz projeção para o dólar com real mais forte, mas alerta para pressões fiscais; banco prega cautela com os juros

19 set 2025, 11:57 - atualizado em 19 set 2025, 11:57
economia-dolar-inflacao-juros igp-m
(Imagem: Getty Images/Canva)

O Itaú BBA, em relatório divulgado nesta sexta-feira (19), reduziu as estimativas para o dólar em 2025, de R$ 5,50 para R$ 5,35, em meio a um cenário externo mais favorável ao real.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo os analistas, a expectativa de mais cortes de juros nos Estados Unidos, nas próximas reuniões do Federal Reserve (Fed) deve enfraquecer ainda mais o dólar globalmente e favorecer moedas emergentes.

Para 2026, no entanto, a instituição manteve a projeção de R$ 5,50, citando a perspectiva de queda da Selic e a fragilidade das contas externas.

O BBA prega a necessidade de “cautela e perseverança” com a política monetária, com o objetivo de evitar cortes prematuros que comprometam a ancoragem das expectativas de inflação.

Segundo a análise, o Banco Central (BC) deve manter a Selic em 15% até o fim de 2025, com cortes apenas a partir do primeiro trimestre de 2026, levando a taxa para 12,75% ao fim do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relação à atividade, o banco prevê crescimento de 2,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, com viés de baixa, e 1,5% em 2026, com viés de alta.

A projeção destaca que a economia já mostra sinais de desaceleração neste segundo semestre, reflexo da política monetária contracionista, ainda que o mercado de trabalho se mantenha resiliente — a taxa de desemprego foi revisada para 6,2% em 2025 e 6,5% em 2026.

A projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou levemente, de 5,1% para 5,0% em 2025, beneficiada pelo câmbio mais apreciado, e foi mantida em 4,4% para 2026.

Já no fiscal, a projeção é de déficit primário de 0,6% do PIB em 2025 e 1,0% em 2026.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco alerta que o cumprimento da meta no próximo ano depende de receitas extraordinárias de cerca de R$ 92 bilhões, ainda incertas, e vê risco de fragilização das regras fiscais caso o governo adote medidas que ampliem gastos obrigatórios ou renúncias de receita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar