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Itaú BBA vê soja e açúcar do Brasil se beneficiando com guerra comercial; veja 3 ações do setor em destaque

18 abr 2025, 14:00 - atualizado em 18 abr 2025, 16:04
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Soja e açúcar do Brasil devem se beneficiar da guerra comercial, segundo relatório do Itaú BBA. Ações de 3tentos, SLC Agrícola e São Martinho em destaque. (iStock.com/Nedrofly)

O Itaú BBA reforçou sua visão otimista para o agronegócio brasileiro em meio ao cenário global, destacando que o país pode se beneficiar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Em seu relatório Agri Monitor, o banco indicou três ações preferidas para o setor. Para o segmento de grãos, os analistas destacam as ações da 3tentos (TTEN3) e da SLC Agrícola (SLCE3). Considerando açúcar e etanol, a preferência é pela São Martinho (SMTO3).

No entanto, os analistas alertam que ainda existem incertezas sobre como os países e os mercados devem reagir à política tarifária de Donald Trump.

Momento favorável para a soja do Brasil

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo pode ajudar o Brasil a conquistar uma maior fatia do mercado global de exportações, sobretudo em relação ao mercado de soja. A China precisará reorganizar seu consumo da oleaginosa americana, o que pode abrir novas oportunidades para as exportações brasileiras.

Além disso, o aumento da demanda pode elevar os preços da soja, beneficiando as produtoras brasileiras. Apesar disso, as empresas devem continuar em alerta com a alta dos fertilizantes, que pode aumentar os custos de produção.

A 3tentos e a SLC foram consideradas à frente de BrasilAgro (AGRO3), Boa Safra (SOJA3) e Vittia (VITT3), que também possuem recomendação de compra do banco. 

Açúcar e etanol em cenários distintos

No segmento de açúcar e etanol, além da São Martinho, a Adecoagro (NYSE: AGRO) também tem recomendação de compra. Ao contrário da soja, as empresas do setor podem ampliar sua participação no mercado americano, com tarifas menores do que em outros países.

Atualmente, as importações de açúcar representam cerca de 20% do total consumido no país, sendo que, desse percentual, o Brasil detém uma participação de cerca de 30%.

Já em relação à produção, o cenário não é tão positivo, com as projeções para 2025 sendo rebaixadas devido a condições climáticas adversas. No entanto, o BBA cita que a relação entre estoque e consumo está em níveis baixos, o que pode resultar em elevação dos preços.

Em relação ao etanol, a queda nos preços do petróleo pode se transformar em redução de preço dos combustíveis. Com isso, a relação de paridade internacional deve acabar rebaixando os preços. Os analistas reafirmam uma tendência de ampliação de produção do etanol de milho.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.

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