Itaú (ITUB4): Setubal e Moreira Salles se mostram otimistas mesmo com incertezas políticas e econômicas

O Brasil enfrenta momento de incertezas políticas e econômicas, mas nada que o Itaú (ITUB4) não consiga lidar, na visão dos copresidentes do conselho de administração do banco.
Em declarações dadas no Itaú Day, evento online que ocorre nesta terça-feira (2), Roberto Setubal afirmou que mudanças de cenário fazem parte e o banco continuará caminhando diante de todas elas. “Na nossa história, ao longo de 100 anos, já passamos por diversos momentos de incertezas políticas e econômicas e estamos vivendo mais um deles”, disse.
“Estamos vivendo um momento de grande transformação no mundo, momento de novas formas de ver a política mundial e isso certamente terá impacto no futuro”.
Setubal, apesar das incertezas, é otimista em geral de que as coisas vão se encaixar e se encaminhar “na melhor forma possível”.
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No mesmo evento, Pedro Moreira Salles acrescentou que é possível olhar para o futuro com otimismo, uma vez que, ao longo de cem anos de existência, o banco ganhou experiência e é hoje melhor do que 10, 20 ou 30 anos atrás.
“Acho que é uma ousadia chegar aos 100 anos em um país como o Brasil, com todas as extraordinárias mudanças que o país passou nesse período. Mas isso é um acúmulo de experiência, podemos olhar para o futuro com ânimo […] A gente não teme o futuro. Olhamos com respeito e atentos aos riscos, mas temos que estar prontos para reagir”, disse Moreira Salles.
Cenário atual
Juros elevados e as movimentações dos Estados Unidos, Donald Trump, são alguns dos aspectos que pairam sobre o atual cenário brasileiro.
À época da divulgação do balanço do segundo trimestre do ano, no início de agosto, o CEO do Itaú, Milton Maluhy, já havia dito que as tarifas de 50% de Trump sobre alguns produtos brasileiros não devem ter impactos na carteira de crédito do Itaú.
Sobre as perspectivas para o segundo semestre, o executivo afirmou que a segunda etapa do ano deverá ser parecida com a primeira, com a atividade econômica ainda prejudicada pelos juros altos.
No segundo trimestre, o Itaú voltou a bater expectativas do mercado com lucro de R$ 11,5 bilhões, alta de 14% ante o ano passado.