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Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) ou Santander (SANB11): Qual ação comprar antes dos balanços?

21 abr 2022, 16:24 - atualizado em 21 abr 2022, 16:44
Itaú
Segundo o UBS, após a forte orientação para 2022, o resultado do Itaú do 1º trimestre confirmará a sua boa tendência

A safra de resultados do primeiro trimestre de 2022 começou. Para os bancos, os primeiros três meses do ano deverão mostrar deterioração da qualidade dos números, afirma o UBS-BB em relatório enviado a clientes.

Porém, segundo o banco suíço, o índice de inadimplência deverá voltar para os níveis pré-pandemia até o final de 2022.

Além disso, o trimestre pode ter outras surpresas positivas, como crescimento de empréstimos incumbentes e melhores margens de empréstimo.

“No geral, prevemos expansão sequencial de lucros para a maioria dos bancos brasileiros que cobrimos”, dizem os analistas Thiago Batista e Olavo Arthuzo.

Itaú, confirmando os bons ventos

Segundo o UBS, após a forte orientação para 2022, o resultado do Itaú (ITUB4) do primeiro trimestre confirmará a sua boa tendência, juntamente com o aumento do custo do risco.

Os analistas preveem lucro líquido de R$ 7,3 bilhões, o que representaria 24% do lucro de 2022 implícito no guidance do Itaú.

“Quanto à qualidade dos ativos, esperamos alguma deterioração do índice de inadimplência, enquanto o banco provavelmente não reduzirá significativamente seu colchão”, diz.

O UBS projeta ainda ROAE (retorno sobre o patrimônio médio) de 20,6%, com crescimento sólido do crédito de 2% no trimestre e melhores margens de crédito.

O Itaú divulga seu resultado no dia 9 de maio após o fechamento do mercado.

O UBS tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 30.

Bradesco
O UBS espera lucro líquido de R$ 6,9 bilhões para o Brasdesco (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Bradesco: Resultados podem trazer surpresas

Na visão dos analistas, os números do Bradesco (BBDC4) no primeiro trimestre serão importantes, já que podem indicar que a orientação de margem do banco foi ligeiramente conservadora. O UBS espera lucro líquido de R$ 6,9 bilhões.

“Esperamos que as margens do cliente se expandam sequencialmente, combinadas com provisões mais altas e taxas e despesas operacionais mais baixas”, argumentam.

Além do mais, Arthuzo e Batista indicam que o Bradesco não terá eventos recorrentes significativos relacionados à reclassificação de títulos.

“O índice de inadimplência de 90 dias do Bradesco aumentou 10-20 pontos-base (bps) por trimestre, o que acreditamos continuar no primeiro trimestre”, destacam.

Outro ponto que requer atenção é o setor de seguros, que pode ser afetado pelo pico de casos da Covid, “embora o valor e a gravidade dos casos tenham sido muito menores do que em 2021”.

Já os empréstimos devem saltar 18,5% no ano e 2,7% no trimestre. Apesar disso, a valorização do real no primeiro trimestre provocará impactos negativos na expansão de crédito do segmento corporativo.

O Bradesco divulga seu resultado no dia 5 de maio.

A recomendação para o papel é neutra, com preço-alvo de R$ 31.

Santander
O banco suíço projeta lucro líquido de R$ 3,9 bilhões para o Santander, estável em relação ao quarto trimestre do ano passado

Santander: Fracos resultados comerciais

Para o UBS, o Santander (SANB11) apresentará margens sólidas no primeiro trimestre em varejo (para segmentos mais arriscados) e um crescimento decente de empréstimos.

“Por outro lado, suas margens de mercado, que haviam sido muito fortes durante o período de taxas de
política monetária mais baixas, podem sofrer no primeiro trimestre (e nos próximos trimestres)”, aponta.

O banco suíço projeta lucro líquido de R$ 3,9 bilhões para o Santander, estável em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o ROAE ficará um pouco abaixo do limite de 20%. “Esse seria o segundo trimestre consecutivo abaixo de 20%, após vários trimestres acima”.

O Santander divulga o seu resultado no dia 26 de abril antes da abertura do mercado.

O UBS tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 38.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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