Itaú (ITUB4) vai reinar ou terá efeito Bradesco (BBDC4)? Veja o que esperar dos resultados de amanhã
O Itaú (ITUB4) entra mais uma vez em campo com a expectativa de divulgar resultados fortes.
A divulgação está prevista para a próxima terça-feira (4), e analistas veem o banco surfando em um bom momento operacional.
Nesta sessão, inclusive, o papel subiu 1,41%, renovando máxima no ano e encostando no patamar de R$ 40. No acumulado de 2025, a ação já salta 43%.
- LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar
Apesar do otimismo, há sempre o risco de o mercado esperar demais e encarar algum choque de realidade, como ocorreu recentemente com o Bradesco (BBDC4).
O concorrente também havia subido bem antes da divulgação dos números e, após apresentar resultados considerados mornos, viu suas ações caírem no dia seguinte.
De todo modo, os dois bancos vivem momentos distintos, com o Itaú mais bem posicionado e organizado em relação ao rival.
O consenso da Bloomberg projeta um lucro de R$ 11,8 bilhões, alta de 10,6% na base anual.
Melhor resultado
De acordo com a analista da Empiricus, o Itaú pode ter desempenho superior ao dos concorrentes.
“Com o cenário atual, por ter uma política de crédito mais conservadora, a tendência é que o banco passe praticamente ‘ileso’ por este ciclo de piora de crédito. O Itaú deve, inclusive, manter um crescimento saudável da carteira de crédito, acima dos pares.”
A Genial Investimentos projeta lucro recorde de R$ 11,84 bilhões, ligeiramente abaixo do consenso, mas com alta sequencial de 2,9% e crescimento anual de 10,9%.
O ROE (retorno sobre o patrimônio) deve atingir 22,1%, consolidando o Itaú como o banco mais rentável e capitalizado entre os grandes players do país.
“Mantemos visão construtiva para 2025, com expectativa de crescimento de lucro em dois dígitos e foco em ganhos de eficiência — via redução de agências, otimização de headcount e monetização gradual do Super App One Itaú”, diz a casa.
O JPMorgan vê um trimestre sem grandes surpresas, o que reforça a tese de investimento no banco. Já o Safra destaca a forte originação de linhas governamentais para PMEs como o principal driver de crescimento.
Apesar disso, o Safra projeta desempenho mais fraco do NII (margem financeira com clientes), com alta de apenas 0,8% no trimestre, reflexo da sazonalidade desfavorável nas operações estruturadas de atacado.
| Banco | Lucro (R$ bi) | Variação (Ano) | ROE (%) |
|---|---|---|---|
| J.P. Morgan | 11,8 | 10,6% | 23,0 |
| Safra | 11,80 | 10,6% | 23,2 |
| UBS BB | 11,93 | 11,8% | 23,2 |