Mercados

Itaú (ITUB4), Marfrig (MRFG3) e Raízen (RAIZ4) terão engorda de dividendos com nova estratégia; saiba qual

31 ago 2022, 19:00 - atualizado em 31 ago 2022, 17:59
Ações, Ibovespa, Mercados, B3, XP Investimentos
Empresas têm anunciado mais recompras de ações este ano com papéis descontados, caixa forte e sem perspectiva de investimento (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Com mais dinheiro em caixa, dez empresas anunciaram programas de recompra de ações em agosto. Entre elas, estão os bancos Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11), Petz (PETZ3), Marfrig (MRFG3) e Raízen (RAIZ4).

A recompra é uma operação em que a empresa adquire ações de sua própria emissão. O mecanismo reduz o total de papéis em circulação e assim, costuma aumentar o valor por ação pago por meio de dividendos.

Caixa forte

Porém, o número de anúncios ficou acima do registrado em junho e julho, segundo levantamento realizado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para o sócio analista da Ajax Asset, Rafael Passos, esse aumento no mês está atrelado à divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre.

“As companhias fecharam o caixa até junho, que tem ficado saudável com as empresas estando menos alavancadas”, comenta.

Passos reforça que as companhias têm investido menos diante da falta de visibilidade do cenário macroeconômico eleitoral.

“Com menos perspectiva de investimentos, a gente tem visto mais anúncios de recompras e de pagamento de dividendos”, diz.

Acumulado do ano

No ano, até agosto, 83 companhias anunciaram programas de recompra, o que representa 77% do visto em 2021, quando 108 companhias abriram programas.

O sócio da Ajax diz que o fato de as ações e a bolsa brasileira, em geral, estarem baratas contribuiu para esse movimento mais intenso de recompras entre janeiro e agosto.

Para se ter uma ideia, no ano passado, foram iniciados 60 programas de recompra de janeiro a agosto.

Commodities

Entretanto, em um recorte por setores, Passos destaca que empresas de commodities foram as que abriram os programas mais robustos este ano, puxado pela Vale (Vale3), que anunciou recompra de até 500 milhões de papéis a partir de maio.

“Vale, Cosan [CSAN3], Marfrig, Raízen e JBS [JBSS3]. Todas geraram muito caixa lá fora e sem perspectivas de investimentos muito fortes, uma alternativa é queimar esse caixa recomprando a sua própria ação, o que não deixa de ser uma remuneração ao acionista”, avalia.

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Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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