Economia

Itaú reduz estimativa do PIB de 2018 de 3,0% para 2,0%

11 maio 2018, 13:08 - atualizado em 11 maio 2018, 13:08

Investing.com – O Itaú (ITUB4) divulgou análise nesta sexta-feira reduzindo a estimativa do crescimento da economia brasileira em 2018 de 3,0% para 2,0% e de 3,7% para 2,8% no ano que vem. Os números já incorporam os dados fracos dos três primeiros meses de 2018, com menor espaço para a aceleração da atividade devido à incerteza quanto ao avanço das reformas.

O banco destaca que os números do mercado de trabalho mostram um ritmo de geração de empregos abaixo do esperado, com a estimativa de geração de empregos formais recuando de 43 mil para 27 mil do último trimestre do ano passado para o primeiro deste.

Em relação à taxa Selic, o Itaú destaca que o próprio Comitê de Política Monetária sinalizou para um corte na reunião da próxima semana, com o objetivo de mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas. No entanto, a visão do Banco Central pode ser modificada de acordo com a situação do mercado.

Para o Itaú, apesar dos números da economia brasileira ainda estarem patinando no início do ano, a recente valorização do dólar ante ao real diminue o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas, o que tenderia a reduzir a necessidade de maior flexibilização.

Com isso, os analistas do banco acreditam que o BC seguirá o caminho traçado no comunicado da última reunião e fará um corte final de 0,25 ponto percentual na próxima, levando a taxa Selic para o mínimo histórico de 6,25% e encerrando o ciclo de flexibilização monetária.

O Itaú destaca ainda que o real segue perdendo força contra o dólar com a moeda americana voltando a ser negociada acima do patamar de R$ 3,50. Os analistas chamam atenção ao fato de tanto o cenário internacional quanto o doméstico têm se mostrado mais voláteis e incertos.

Diante disso, o banco revisou para R$ 3,50 rpor dólar ao fim de 2018 e 2019 (ante R$ 3,25 e R$ 3,30, respectivamente). As incertezas advindas dos cenários internacional e doméstico têm se mantido elevadas. Diante disso, houve um aumento da demanda por proteção contra cenários de taxa de câmbio mais depreciada, beneficiado pelo baixo custo de carregamento dessas posições.

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agencia.brasil@moneytimes.com.br
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