Itaú vê 2017 mais difícil, mas otimismo ainda supera BC e o consenso do mercado
O Itaú revisou para baixo a expectativa de crescimento da economia em 2017. A nova projeção do maior banco do país é de 1,5%, abaixo dos 2% esperados até agora, e foi revisada após a divulgação abaixo do esperado dos números do PIB no terceiro trimestre.
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“O resultado mostrou uma deterioração adicional da atividade econômica”, destaca o relatório da equipe econômica liderada pelo economista-chefe, Mário Mesquita.
Apesar da queda, o Itaú continua entre os mais otimistas. O último relatório Focus do Banco Central, que reúne as projeções de mais de 100 economistas, prevê um tímido avanço de 0,8%. A estimativa cai há sete semanas. O número também é superior ao que o próprio BC espera, que é de 1,3%.
Otimismo
Mesmo vendo o enfraquecimento do ritmo da retomada, o Itaú escora o cenário para o ano que vem na crença do efeito produzido por “juros menores, preços de commodities mais altos, queda da alavancagem das empresas e redução dos estoques”. Além disso, o banco acredita na aprovação das reformas fiscais, mesmo admitindo que a “ incerteza política doméstica elevou-se recentemente”.
Por fim, o Itaú vê a Selic a 10% no final de 2017 – com o ritmo de cortes crescendo a 0,5% ao ano em janeiro – e o dólar a R$ 3,60. A inflação esperada é de 4,8%.