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Itaúsa: número de investidores dispara 146% e humilha Itaú, mas dividendos caem 73%

10 nov 2020, 10:16 - atualizado em 10 nov 2020, 10:16
Itaú Unibanco ITUB4
Pop não poupa ninguém: Itaú é popular entre clientes; Itaúsa é a queridinha dos investidores (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Itaú Unibanco (ITUB4) pode ser bem mais popular, na mídia, que a sua controladora, a Itaúsa (ITSA4). Mas, no mercado acionário, o maior banco privado do país perde feio em popularidade para a holding. O número de pessoas físicas que investem na Itaúsa disparou 146% entre dezembro de 2019 e o mesmo mês deste ano.

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Em números, a base de acionistas saltou de 363,5 mil investidores para 895,2 mil no período. Com isso, a Itaúsa vence de goleada todas as suas investidas de capital aberto. O Itaú Unibanco, a joia de sua coroa, conta com 378,8 mil pessoas físicas. A Duratex (DTEX3), com 19 mil. A Alpargatas (ALPA4), com 16 mil.

A disparada do número de investidores não foi acompanhada, contudo, por um aumento do volume de ações negociadas na B3 (B3SA3). Em setembro, o volume médio diário de negociações com as ações preferenciais (ITSA4) foi de R$ 242 milhões, menor, inclusive, que os R$ 245 milhões de dezembro.

Dividendos minguados

A Itaúsa costuma, também, ser recomendada pelos analistas para quem busca empresas que são boas pagadoras de dividendos. Se a maioria dos indivíduos com ações da holding espera isto, pode ter uma decepção neste ano.

O volume de dividendos e juros sobre capital próprio recebidos e a receber pela Itaúsa despencou 73,2% nos nove primeiros meses de 2020, sobre o mesmo período do ano passado. A cifra baixou de R$ 4,3 bilhões para R$ 1,1 bilhão.

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A implicação prática é que, em 2020, a Itaúsa está distribuindo, ela própria, menos proventos a seus acionistas. O total de dividendos e juros sobre capital que já pagou ou vai pagar, referentes a este ano, é de R$ 806 milhões no acumulado até setembro. O montante é 76,1% menor que o de igual intervalo de 2019.

Resultados

A Itaúsa reportou lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre. O resultado é 8% menor que o do mesmo período do ano passado. Seus principais acionistas são a família Egydio Souza Aranha, com 33,64% de participação no capital social.

A maior contribuição para o resultado veio do setor financeiro, representado pelo Itaú Unibanco, que remeteu R$ 1,9 bilhão à Itaúsa. A cifra é 21% menor que a de um ano atrás. As empresas não-financeiras, em contrapartida, elevaram sua contribuição em 34%, para R$ 141 milhões.

Veja o relatório de resultados da Itaúsa.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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