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Itaúsa: Por que o desconto de 23% sobre as ações pode diminuir

29 nov 2021, 8:13 - atualizado em 29 nov 2021, 8:13
Itaúsa
Tradicionalmente, a Itaúsa repassa 100% de todo o dividendo (incluindo JCP) que recebe para seus acionistas. (Imagem: Divulgação)

As ações da Itaúsa (ITSA4) têm razões estruturais para uma redução do desconto de 23% em que operam hoje, disse a Genial Investimentos. A corretora voltou a recomendar a compra dos papéis da holding, com preço-alvo de R$ 13,89, potencial de alta de cerca de 39%.

Os analistas da casa dizem que conseguem explicar quase metade do desconto dos papéis como decorrente de ineficiências fiscais e administrativas.

Para a corretora, o desconto sobre as ações da Itaúsa seria reduzido com o avanço da proposta da reforma tributária de extinguir os juros sobre capital próprio (JCP) e com a venda das ações da XP, que deve converter ativos em caixa.

A reforma tributária mitigaria a “ineficiência fiscal da holding”, que seria de 6,9%, disseram Eduardo Nishio, Bruno Bandiera e Guilherme Vianna, em relatório.

Itaú e dividendos

A Genial também lembra que a participação do Itaú dentro do portfolio caiu de 90% para 73% e diz que a mudança torna necessária “um pouco mais de consideração para as outras partes”.

O banco, que ainda é o principal ativo pagador de dividendo, deve restabelecer o payout que foi limitado pelo Banco Central em 30% em 2020 por conta da pandemia para 50-70% este ano, em cima de um lucro bem maior.

Tradicionalmente, a Itaúsa repassa 100% de todo o dividendo (incluindo JCP) que recebe para seus acionistas.

O mercado vê que, com esse desconto de 23% das ações da Itaúsa em relação aos seus ativos, um investimento na holding seria a mesma coisa que comprar os dividendos do Itaú a um preço mais baixo.

Para a corretora, a holding ainda tem feito “uma boa alocação de capital em teses de infraestrutura”. A Genial diz que a empresa pode ser beneficiada pelos marcos do saneamento e gás, com as participações na NTS, Copa Energia e Agea.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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