Coluna
Colunistas

Ivan Sant’Anna: O novo crescimento chinês

15 ago 2019, 14:08 - atualizado em 15 ago 2019, 14:08

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por Ivan Sant’Anna, autor das newsletters de investimentos Warm Up Inversa e Os Mercadores da Noite

Caro leitor,

Ontem a Bolsa de São Paulo rompeu, por alguns instantes, o suporte psicológico dos 100.000 e, embora tenha fechado acima dele, sofreu uma forte queda de 2,94%. Isso porque Nova York foi palco de um minicrash, com o Dow caindo 3,05%, o S&P500, 2,93% e o Nasdaq, 3,02%.

Dois fatores foram mencionados pelos analistas para justificar a queda. O primeiro foi um esfriamento da economia chinesa. A produção industrial, que crescera 6,3% em junho, subiu “apenas” 4,8% em julho. Na mesma toada, as vendas do varejo aumentaram “somente” 7,6%, contra 9,8% no mês anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

+ Último dia para ter renda mensal na conta e mais 24% de retorno em 12 meses com apenas 3 ativos. Toda a estratégia do investidor de renda neste link.

Os relatórios econômicos apresentam esses dados da China como se fossem uma recessão. Ninguém conclui o óbvio: após certo nível de desenvolvimento, é normal que os números se acomodem.

Provavelmente, daqui a alguns poucos anos os chineses crescerão entre 2,5% e 3,5%, que é um número ótimo (bem acima do aumento populacional) para um país que se pretende rico, depois que atinge determinado patamar.

Nos últimos cinco anos (terminando em 2018), o PIB chinês cresceu em média 6,86%. Já no quinquênio 2009/2013, o crescimento foi de 9,04%. Recuando mais (2004/2008), impressionantes 11,62%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa evolução absurda começou em 1984 (George Orwell não previu isso), quando o PIB subiu 15,2%. Já lá se vão 35 anos.

O mesmo já havia acontecido no Japão. Entre 1961 e 1965, o PIB japonês cresceu, em média, 9,38%. Nos cinco anos seguintes, 9,21%. Depois disso, as taxas anuais foram diminuindo: 1971 a 1975: 4,60%; 1976 a 1980: 4,28%. Agora o governo faz o possível e o impossível em termos de política monetária (taxa de juros negativa) e mantém volumosos gastos públicos para manter o país crescendo 2,5% (número de 2018).

Só para que o caro amigo leitor entenda bem minha linha de raciocínio, os países que mais crescem no mundo são (números de 2018), pela ordem:

Líbia

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

+ 17,8%

Ruanda

+ 8,5%

Bangladesh e Etiópia

+ 7,7%

Costa do Marfim

+ 7,4%

Pudera! Eles estão saindo do zero: da miséria absoluta e de guerras civis.

As outras razões pelas quais as bolsas americanas levaram o tombaço de ontem foram:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

– Ameaça cada vez maior de recessão nos Estados Unidos, perceptível pelo rendimento dos treasuries. Os papéis longos estão com rentabilidade inferior a dos curtos.

– Possibilidade de que, nas eleições presidenciais de 2020, Donald Trump dê lugar a um democrata de linha socializante.

Não há Ibovespa que resista a tanta notícia ruim vinda de fora.

Pelo andar da carruagem, o suporte psicológico dos 100 mil pontos já era. O Brasil está muito longe de ser uma ilha, por mais reformas que o Congresso aprove.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aconselho àqueles que estão interessados em comprar ações na Bolsa de São Paulo, que o façam com a maior calma. Tudo indica que encontrarão preços mais baixos pela frente. Eu falo sobre isso e muito mais dos bastidores do mercado no meu livro que está sendo relançado aqui (unidades limitadas).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar