Pecuária de corte

Já tem confinador pagando alto por boi magro com aposta de R$ 260/@ para outubro

02 jul 2020, 15:43 - atualizado em 02 jul 2020, 15:46
Boi magro comprado agora precifica a @ cheia para outubro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Já tem produtor apostando em uma @ de R$ 260, ou mais, a partir da desova do segundo giro de confinamento. Se confirmado, o sobrepreço do boi gordo alcançará, no mínimo, R$ 40 sobre o valor cheio praticado hoje em São Paulo, com premiação.

Essa aposta começa com a compra de boi magro, que vai para a engorda até final de setembro. Se não é generalizada, pelo menos é pontual.

Juca Alves, pecuarista de Barretos, vendeu 80 cabeças de boi de 14,2 @, de “boiada boa, bem igualada”, por R$ 235.

O confinador, da região Centro-Norte paulista, que ele prefere não divulgar o nome, “escolheu a dedo, de 108 cabeças” oferecidas.

A esse preço, num mercado com baixa disponibilidade de animal magro – uma das razões para essa reposição valendo bem – Alves acredita que o comprador já tem negócio fechado com frigorífico entre R$ 260 e R$ 270.

Considerando o custo de manutenção dos bois em três meses de cocho, a compensação para o confinador só dá nesse preço de venda.

O panorama atual de baixa oferta, pouco confinamento de 1º giro, escassez de vaca, se reflete nas cotações atuais, sustentadas em torno dos R$ 215 para animal comum e de R$ 222 a R$ 225 com premiação China, de acordo com dados do Balizador GPB, entre outros.

Para os próximos meses, quando o lote vendido por Juca Alves sair para abate, fica a expectativa de sequência de força das compras chinesas e, talvez, alguma melhora do cenário doméstico.

Na B3 hoje (2), o futuro de outubro está pagando R$ 213/@.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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