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Jalles (JALL3): BTG e XP alertam para menor produtividade no 4T25; o que fazer com ações?

18 jun 2025, 11:28 - atualizado em 18 jun 2025, 11:28
jalles jall3
(Foto: Divulgação)

A Jalles (JALL3) reportou um prejuízo de R$ 8,5 milhões no quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25) contra um lucro de R$ 7,4 milhões do 4T24.

Para o BTG Pactual, apesar do ano agrícola difícil pelo clima adverso, a empresa terminou o ciclo com forte desempenho comercial, impulsionada pela estratégia bem-sucedida de vender etanol no período de entressafra, quando os preços são mais altos.

O preço médio do etanol hidratado foi de R$3,08 por litro (alta de 20% na comparação anual) e as vendas superaram a produção anual. O Ebitda ajustado atingiu R$480 milhões, alta de 94%, com margem de 80% e alavancagem confortável de 1,2 vez.

Para 2025/26, a companhia prevê leve aumento na moagem (+1%) e maior mix para açúcar (54% da produção), que tem margens melhores. O capex recorrente será 6,8% maior (R$489 milhões), enquanto o capex de expansão deve cair 10%.

“Apesar do desempenho sólido, a produtividade agrícola ainda preocupa, com queda esperada nos TCHs em duas unidades. A Jalles segue sendo uma boa tese de valor no setor de açúcar e etanol, com um yield de fluxo de caixa livre elevado e tendência de margens maiores, especialmente com o mix mais açucareiro já 85% hedgeado. Recomendamos compra e preço-alvo de R$ 8 (potencial de alta de 98,02%)”. veem Thiago Duarte, Guilherme Guttilla, Gustavo Fabris e Bruno Henriques.

A visão da XP para JALL3

Na avaliação da XP Investimentos, os números reportados pela Jalles foram mistos. No lado positivo, o Ebitda ajustado ficou acima das nossas estimativas, atingindo R$ 530 milhões (+28% em relação à expectativa do mercado e +67% ano a ano), impulsionado principalmente por uma diluição de custos maior do que o esperado, além de receitas relacionadas a impostos superiores ao previsto.

Fora isso, a empresa conseguiu acelerar o ritmo de comercialização e encerrou a safra com estoques de etanol menores em relação ao ano anterior, o que consideramos a estratégia correta, dado o desempenho recente dos preços do combustível.

Já no lado negativo, a queima de caixa foi ligeiramente maior do que o esperado, fazendo com que a alavancagem ficasse acima das estimativas.



“O principal destaque negativo foi o guidance da companhia para 2025/26, que veio pior do que nossas estimativas em todos os aspectos, o que provavelmente levará a revisões negativas nos lucros futuros. A companhia estima a moagem de cana-de-açúcar na safra 2025/26 em pouco menos de 8 milhões de toneladas, um aumento de 1% ano a ano, porém 3,7% abaixo da expectativa do mercado”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.

A revisão para baixo é impulsionada por estimativas menores de TCH (toneladas por hectare) para as usinas JALL (Usina Jalles Machad0) e UOL (Usina Otávio Lage), com a companhia destacando os efeitos negativos das adversidades climáticas nessas regiões. Além da moagem menor do que o esperado, o TRS médio esperado também está ligeiramente abaixo da previsão da XP, em 139,9.

“A Jalles prevê um Capex total de R$ 1,2 bilhão, um aumento de 3,1% ano a ano e 3,5% acima das estimativas da XP. Considerando os números do guidance divulgados, estimamos uma possível redução de cerca de 4% no EBITDA ajustado para 2025/26, enquanto projetamos um aumento potencial de aproximadamente 16% no cash burn para o mesmo período. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9,50 (potencial de alta de 134,57%) “.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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