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JBS (JBSS3): BofA eleva preço-alvo com ‘ventos fortes e favoráveis’ nos próximos anos

20 ago 2024, 13:08 - atualizado em 20 ago 2024, 17:46
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A normalização das margens para o mercado de frango deve coincidir com a melhora dos ganhos com carne bovina nos EUA para JBS (Foto: Divulgação)

Bank of America (BofA) elevou seu preço-alvo para as ações da JBS (JBSS3), de R$ 40 para R$ 45, após elevar sua estimativas para o Ebitda em R$ 32 bilhões em 2024 e 2025 (contra R$ 28 bilhões anteriormente). A nova estimativa do banco representa um potencial de valorização de 22% para o papel.

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Segundo a analista Isabella Simonato, as margens de frango devem permanecer fortes até o segundo semestre de 2025, quando as margens de carne bovina começarão a ser recuperar. Além disso, o cenário para suínos também é positivo, dada a forte demanda.

“Comparamos o atual ciclo com 2014/2015 e acreditamos que o cenário é semelhante, mas a JBS é uma empresa mais resiliente. Neste cenário, a JBS deve ser capaz de gerar cerca de R$ 11 bilhões de caixa por ano entre 2024 e 2026, com aproximadamente 13,5% de rendimento, o que deve dar suporte à estratégia da empresa de crescer inorganicamente e retornar dinheiro. Reforçamos compra, e ação é a nossa top pick do setor na América Latina”.

O último ciclo de alta do frango, como o que acontece agora, também aconteceu em 2014/2025. Os preços dos grãos foram pressionados e a demanda por frango aumentou em um ritmo mais rápido do que a oferta. Enquanto isso, o ciclo da carne bovina nos EUA foi negativo, com preços altos para os processadores e com os consumidores procurando alternativas ao produto.

Para o banco, algumas questões devam ser monitoradas, entre elas:

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  1. Problemas de produtividade na indústria de frango;
  2. A capacidade real dos produtores integrados de frango aumentarem a oferta no Brasil;
  3. Uma retenção de novilhas atrasada (mas aparentemente começando) nos EUA.

“Acreditamos que a JBS está melhor posicionada para navegar neste ciclo do que há dez anos, pois, entre outras coisas, a diversificação da receita está mais equilibrada e a alavancagem agora é de 2,5 vezes na relação dívida líquida/Ebitda, contra 3,5 vezes em 2015. Fora isso, alguns negócios melhoraram, especialmente a Seara”, diz.

Apesar de uma uma alta de 54% no acumulado do ano, o BofA vê que a ação sendo negociada a um valuation atraente na comparação com BRF e pares dos EUA a 17x.

Nesta terça-feira (30), os frigoríficos listados na bolsa brasileira avançaram em um movimento atrelado à alta do dólar. Os papéis da JBS (JBSS3) encerraram o pregão com leve queda de 0,08%, a R$ 36,17.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.