JBS (JBSS3): Goldman Sachs eleva preço-alvo após dupla listagem e destaca fator único para ação

O Goldman Sachs elevou seu preço-alvo para as ações da JBS (JBSS3), de R$ 54,20 para R$ 55,70 (potencial de alta de 33,4%) e manteve recomendação de compra, em meio a aprovação da dupla listagem na última sexta (23).
“Mantemos nossa recomendação para ação, dado que as preocupações recorrentes dos investidores – principalmente relacionadas ao cenário macroeconômico brasileiro, gripe aviária e/ou fluxos passivos – são de curto prazo, enquanto a oportunidade de valorização da ação aponta para uma relação risco retorno favorável”, veem Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
Após os processos burocráticos, a expectativa é de que as ações deixem ser negociadas na B3 em 6 de junho e comecem a ser negociadas na NYSE no dia 12 de junho. O BDR deve começa a ser negociado em 9 de junho.
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Para o banco, a JBS é negociada a 5,4x Ebitda IFRS projetado (considerando as previsões de Ebitda para 2T25 a 1T26 e os dados de balanço do 1T25).
“Embora a JBS não divulgue seu Ebitda consolidado em dólares sob US GAAP, estimamos que os resultados convertidos das divisões, Seara e Beef Brasil resultem em um Ebitda 20% menor em relação ao IFRS, considerando o câmbio médio do período. Assim, estimamos que a JBS está sendo negociada a 6,3x EV/Ebitda projetado em US GAAP, com desconto implícito de 20% em relação aos 7,9x da Tyson”.
Segundo o Goldman, esse desconto relativo caiu 51% desde 17 de março, quando os principais acionistas firmaram acordo privado para facilitar a aprovação da dupla listagem. “Ainda assim, vemos espaço para valorização adicional”.
A diversificação como diferencial para JBS
O banco reforça que o momento de curto prazo das cadeias de proteína animal pode ser altamente volátil, e por conta disso, destaca a diversificação como melhor estratégia.
“Diferente de outros pares, a JBS possui presença global em todas as principais cadeias de suprimento: carne bovina, frango, suína e processados nos EUA, Brasil, Austrália e Reino Unido, aquicultura e alimentos plant-based. Esse portfólio único, resulta em um lucro mais estável e geração robusta de caixa, além de justificar uma valorização maior, acima de empresas mais comoditizadas como a Minerva (atualmente negociando a 4,6x EV/Ebitda), e se aproximando de empresas de bens de consumo, como a Hormel (11,9x).”
Nesta segunda-feira (26), JBSS3 encerrou as negociações com queda de 3,63%, a R$ 39,26. No ano, os papéis acumulam alta de um pouco mais de 13%.