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JBS (JBSS3): Lucro encolhe 63,7% no 4T22, a R$ 2,3 bilhões

21 mar 2023, 18:43 - atualizado em 21 mar 2023, 18:48
O frigorífico totalizou uma receita líquida operacional de R$ 92.865,5 entre outubro e dezembro (Flickr)

A JBS (JBSS3) teve lucro líquido de R$ 2,3 bilhões no quarto trimestre (4T22), queda de 63,7% ante o saldo positivo de R$ 6.473 bilhões obtido no mesmo período de 2021, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (10) após o fechamento do mercado.

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O Ebitda ajustado, importante referência dos analistas para estimar a geração de caixa, somou R$ 4,5 bilhões, queda de 65% no comparativo anual, “em cima de uma base comparativa muito forte divulgada, como consequência principalmente da normalização dos resultados da JBS Beef North America e de um cenário mais desafiador na Pilgrim’s Pride, causado por uma sobre oferta global de frango”, jutifica.

A margem Ebitda ajustada foi de 4,9% no trimestre.

O frigorífico totalizou uma receita líquida operacional de R$ 92,8 bilhões entre outubro e dezembro, ficando abaixo do resultado obtido um ano antes em 4,5%.

O destaque ficou para a Seara, cujo crescimento foi de 9% na comparação anual. No período, cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações.

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Já no ano de 2022, a receita líquida atingiu o recorde de R$ 374,9 bilhões (US$ 72,6 bilhões), sendo 74% das
vendas realizadas em mercados domésticos e 26% por meio de exportações.

JBS em 2023

Segundo o CEO da JBS à Reuters, a empresa se antecipou a um cenário de crédito mais restrito –em momento em que o setor bancário enfrenta uma crise no mundo– e de juros em alta.

“Isso que está acontecendo de alguma forma nós tínhamos antecipado este cenário. Fizemos todo o trabalho de casa, estendemos o endividamento para 10 anos, até 2027 não tem nenhum compromisso importante”, disse o CEO.

A dívida líquida da empresa subiu para R$ 79,2 bilhões ao final do ano passado, verus 69,3 bilhões ao final de 2021.

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Já o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, citou a boa liquidez da empresa, que era da ordem de 5,7 bilhões de dólares ao final de 2022, divididos entre caixa de 2,5 bilhões e linhas de crédito rotativas de 3,2 bilhões de dólares.

A condição financeira permite que a JBS siga “olhando oportunidades” para aquisições, especialmente na área de salmão, comentou Tomazoni.

“Começamos a construir o negócio de salmão, compramos uma primeira fábrica na Austrália, é pequena, mas queremos fazer nesse negócio de salmão o que fizemos no frango e suínos, queremos que o salmão se torne muito importante dentro do nosso portfólio.”

Com Reuters

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.