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Quais frigoríficos se deram melhor no 1T24? XP destaca 2 ações e Terra elege ‘campeã’; confira

23 maio 2024, 12:15 - atualizado em 23 maio 2024, 12:15
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Para a Terra Investimentos, apenas 1 entre os 4 frigoríficos listados na B3 se destacaram no período; saiba em qual empresa investir (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os frigoríficos reportaram números positivos no primeiro trimestre de 2024 (1T24), com exceção para a Minerva Foods (BEEF3), que viu um prejuízo líquido de R$ 186,2 milhões.

Por outro lado, tanto a BRF (BRFS3), como Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) reportaram lucro no trimestre.

Com isso, surge a dúvida: qual “boi” mais se destacou no período? Sobre o tema, ouvimos a XP Investimentos e a Terra Investimentos.

XP destaca dois frigoríficos no 1T24

Para Pedro Fonseca, analista de Agro, Alimentos e Bebidas na XP, JBS e BRF foram os dois destaques positivos no trimestre.

“De um lado, a JBS entregou resultados fortes com surpresa positiva das operações de aves e suínos nos EUA (PPC e JBS USA Pork) e no Brasil (Seara). Além disso, a companhia também endereçou problemas internos operacionais que faziam com que algumas operações – como a Seara – operassem com resultados abaixo dos seus pares de mercado”, diz.



“A BRF também reportou resultados fortes e acima do consenso refletindo o forte momentum do mercado de aves, tanto no Brasil quanto nas suas operações internacionais e na exportação. Além disso, a Companhia, assim como a JBS, continuou a entregar importantes ganhos de eficiência operacional, uma marca da nova gestão”, completa Fonseca.

A corretora contra com recomendação de compra para as duas ações, com preço-alvo de R$ 34,90 para JBS e RS$ 18,30 para BRF.

JBS como destaque da Terra Investimentos

Para Régis Chinchila, head de research da Terra Investimentos, um dos principais aspectos positivos foi a evolução operacional em quase todas as unidades de negócios.

“A Seara se destacou com uma margem Ebitda de 11,6%, impulsionada pela normalização dos custos dos grãos e pelo crescimento dos volumes no mercado interno. Esse desempenho reforça as perspectivas positivas para o restante do ano, indicando uma sólida recuperação e expansão da unidade”, disse.

A receita líquida da JBS Brasil aumentou 16,7%, resultado dos maiores volumes vendidos devido ao ciclo pecuário favorável, que proporciona maior disponibilidade de animais para abate. Além disso, a comparação anual foi beneficiada pela retomada das exportações para o mercado chinês, que haviam sido interrompidas por um embargo no primeiro trimestre de 2023.

“Apesar do Ebitda ajustado negativo da JBS Beef North America, houve uma melhoria em relação ao trimestre anterior. Embora a rentabilidade dessa unidade permaneça pressionada pelo ciclo pecuário desfavorável na América do Norte, a perspectiva é de progressos contínuos, ainda que modestos, ao longo do ano. A única unidade a não contribuir para a elevação da rentabilidade operacional na comparação anual foi a JBS USA Beef North America, mas até essa divisão mostrou sinais de recuperação trimestralmente”, diz Chinchila.

A casa de análise também viu bons números para JBS USA Pork que alcançou uma margem Ebitda ajustada de 16,4%. O desempenho foi impulsionado pela redução no custo médio dos grãos, a queda no preço médio do suíno e os contínuos esforços para ampliar o portfólio de produtos de valor agregado.

“O forte desempenho operacional da JBS refletiu na redução do consumo de caixa livre e na queda da alavancagem financeira, mostrando uma gestão eficiente e saudável das finanças. O desempenho da companhia superou as expectativas do mercado, indicando uma sólida posição competitiva”, concluiu.

A recomendação de compra para as ações da JBS3 foi mantida pela Terra, com um preço alvo de 12 meses em R$ 36,00, refletindo a confiança no potencial de valorização da companhia.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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