JBS (JBSS32): Bank of America reduz preço-alvo por EUA, mas reforça ‘compra’ para ação

O Bank of America (BofA) reduziu suas estimativas para o Ebitda da JBS (JBSS32) em 3%, para US$ 6,1 bilhões, devido a menores margens da Pilgrim’s Pride (PPC), subsdiária da empresa nos EUA, e ajustes cambiais. O novo preço-alvo da ação na NYSE saiu de US$ 21 para US$ 20 (potencial de alta de 56,01%).
O Ebitda da PPC em 2026 foi reduzido em 13,4%, em função da queda nos preços do frango nos EUA, que responde por cerca de 30% do segmento americano da PPC.
Apesar disso, a JBS segue como a top pick do BofA no setor de alimentos da América Latina, negociando a um múltiplo atrativo de 5,8x EV/Ebitda, contra 7,7x da concorrente Tyson Foods, com dividend yield de 7,6%.
- CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente
“As ações da JBS caíram 19% no último mês, refletindo as revisões negativas da PPC e a ausência de catalisadores de curto prazo, mas consideramos que a queda foi excessiva”, avaliam Isabella Simonato e Peter Galbo.
O cenário desafiador para o setor de carne bovina nos EUA e a normalização gradual das margens na PPC e na Seara devem ser compensados por margens resilientes na JBS Brasil, Austrália e suínos nos EUA, além de crescimento de receita impulsionado por expansão orgânica, especialmente nos segmentos de maior valor agregado.
JBS: Os preços menores para o frango da Pilgrim’s Pride
A equipe do BofA reduziu suas projeções para o Ebitda da Pilgrim’s Pride por conta da queda dos preços do frango commodity (principalmente peito jumbo sem osso, usado no foodservice) desde setembro.
O setor de frango dos EUA enfrenta comparações fáceis contra outono de 2024, quando furacões no sudeste dos EUA reduziram a oferta e elevaram os preços.
Com o clima mais estável neste outono e a fraqueza sazonal típica, a rentabilidade nos canais de commodities voltou rapidamente ao normal.
Por outro lado, a demanda segue forte, com o frango ganhando espaço nos cardápios de restaurantes de fast-food
“Estimamos que o frango commodity represente cerca de 30% do negócio americano da PPC – os EUA respondem por 60% das vendas – , enquanto o segmento de produtos preparados deve se manter mais resiliente”.