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Frigoríficos: BTG recomenda compra de apenas duas ações antes do 4T23; acompanhe

24 jan 2024, 11:38 - atualizado em 24 jan 2024, 11:38
frigoríficos jbs minerva
Para os dois frigoríficos recomendados pelo banco, a expectativa é de números sólidos, ainda que haja pressão pelo ciclo do gado (Imagem: Jonathan Campos/AEN-Paraná)

O BTG Pactual divulgou sua prévia para os frigoríficos no quatro trimestre de 2023 (4T23).

Para o banco, a expectativa é de resultados mais saudáveis para o setor de alimentos, com a JBS (JBSS3) sendo a principal escolha da instituição entre os frigoríficos.

Para a Minerva (BEEF3), a expectativa do banco é que a empresa reporte resultados sólidos. com margens mais fortes ressaltando o ciclo favorável no Brasil, e volumes mais elevados sendo um bom presságio para o desempenho das receitas.

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JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) no 4T23

Com resultados previstos para depois do fechamento do mercado em 26 de março, a JBS não deve reportar números fortes, segundo o banco, mas a diversificação do frigorífico deve dar frutos e resultar em números sólidos.

Nos Estados Unidos, a sazonalidade deve pressionar as margens trimestrais em todas as unidades de negócio, enquanto o momento negativo do ciclo do gado deve impactar a empresa.

Para o BTG, a JBS está passando por um ponto de inflexão, onde, apesar de sua visão cautelosa em relação ao ciclo de carne bovina dos EUA, há evoluções cíclicas em todas as outras unidades de negócio suportando os resultados futuros.

A recomendação do banco para a ação é de compra, com preço-alvo de R$ 35. O banco enxerga um yield de fluxo de caixa de 12% em 2024, acima de todos os seus pares.

Já para a Minerva, que reporta seus números em 6 de março, há expectativa de um trimestre sólido, ainda que os preços da carne bovina continuem a impactar o dinamismo das receitas.

Por outro lado, uma estabilização nos últimos meses, juntamente com comparações anuais mais fáceis, deve significar que os preços não serão mais tão negativos como nos trimestres anteriores.

Além disso, o BTG esperamos um forte crescimento de volume impulsionado pelo ciclo positivo no Brasil e pela aquisição da BPU no Uruguai. Isso deve resultar em um crescimento anual de 8% para R$ 7,4 bilhões, o que seria a primeira expansão nos últimos 5 trimestres

Por fim, o banco ressalta que o foco está voltado na aquisição dos ativos da Marfrig (MRFG3) na América Latina e para o processo de integração dos mesmos. A recomendação para o papel é de compra, com preço-alvo de R$ 12. 

E a Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)?

Quanto à Marfrig, que reporta seus números em 27 de março, há expectativa de que a National Beef, nos EUA, supere seus concorrentes.

No entanto, a redução da oferta de gado ainda deve gerar resultados mais fracos na divisão da empresa.

No futuro, a magnitude da desaceleração do ciclo de gado dos EUA é o principal ponto a ser observado, segundo o BTG, bem como as prioridades de alocação de capital à medida que os recursos provenientes do desinvestimento de parte de seus ativos na América Latina entrem em ação

A recomendação do banco é neutra, com preço-alvo de R$ 10, com múltiplos relativamente mais caros do que dos pares.

No caso da BRF (BRFS3), com números previstos para 26 de fevereiro, a previsão do BTG é de que a empresa termine 2024 com um tom mais forte.

Os custos da alimentação devem seguir caindo, uma vez que os grãos originados durante a abundante colheita do ano passado fluem através da cadeia de produção e dos resultados, promovendo a expansão das margens em todas as divisões.

No futuro, com custos de ração favoráveis e uma oferta & demanda de aves parecendo mais equilibrada, a instituição projeta que as margens sólidas da BRF perdurem.

O BTG ressalta que o ciclo para as ações do frigorífico parece positivo, com os papéis apresentando um bom desempenho.

Ainda assim, o banco vê um baixo yield de fluxo de caixa em 2024, abaixo de um dígito. A recomendação para o papel é neutra, com preço-alvo de R$ 13.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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