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JBSS3, MRFG3, BEEF3 ou MRFG: BB projeta alta de 94,8% para um dos frigoríficos; os destaques do agro em junho

18 jun 2024, 12:58 - atualizado em 18 jun 2024, 13:02
agro frigoríficos
Em maio, as ações da MDIA3 caíram quase 8%, com escalada do trigo no mercado internacional; visão do agro pelo BB Investimentos em junho (Imagem: Marfrig)

As ações dos frigoríficos foram destaque em maio, refletindo o bom momento vivenciado nas exportações, que vem apresentando volumes recordes, apesar do período ruim para o Ibovespa.

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Em relatório assinado por Georgia Jorge, o BB Investimentos avaliou os principais papéis e segmentos do agro para junho.

No mês passado, os frigoríficos da JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avançaram 23,04%, 19,37% e 10,07%, respectivamente. Já as ações da Minerva (BEEF3) subiram 1,3% – o BB projeta uma alta de 94,80% para as ações de BEEF3 nos próximos 12 meses.

Já as ações da M. Dias Branco (MDIA3), líder em biscoitos e massas no Brasil, tombaram 7,6% em maio, em um cenário de maior pressão sobre o preço do trigo, uma das principais matérias-primas da companhia.

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Confira o desempenho das ações do agro em maio e junho (até 14/06)

O que esperar para o agro em junho?

Grãos

Em maio, houve queda nas exportações de soja na comparação anual, mas alta em milho. No levantamento de safra mais recente, a Conab elevou as estimativas de grãos para a safra atual, em especial para milho, apesar da redução das estimativas para soja.

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Em maio, as exportações de soja foram de 13,5 milhões de toneladas, queda de 15% a/a, enquanto o preço médio caiu 8% m/m e 18% a/a (US$ 433/ton). A China foi o principal destino da oleaginosa, com 75% de participação no volume embarcado. Os dados preliminares do mês de junho mostram alta de 11% no volume médio diário na comparação anual e queda de 11% a/a nos preços médios.

As exportações de milho foram de 421 mil toneladas em maio (+9,5% a/a), com o preço médio caindo 42% m/m e 37% a/a (US$ 207/ton). No caso do cereal, Egito foi o principal destino dos embarques, com 23% do volume. Os dados preliminares de junho indicam queda de 30% a/a no volume médio diário embarcado e de 25% a/a nos preços médios.

No 9º levantamento da safra 2023/24, a Conab elevou sua estimativa para a produção brasileira de milho para a próxima safra em 2,5 mm ton, mas reduziu a estimativa na soja em 0,3 mm ton comparação com o último levantamento.

As lavouras de soja semeadas em setembro e outubro nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba sofreram com baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade.

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Dados do USDA divulgados em 12/06 mostraram redução do estoque final de soja e milho na safra 2024/25, o que implicou em queda marginal da relação estoque/uso para ambos os grãos. Após o relatório, preços dos grãos operaram em alta, em especial a soja (+2,4% m/m).

Carne bovina e suína

Em maio, as exportações de carne bovina continuaram a tendência de alta significativa na comparação anual, enquanto os preços médios seguiram estáveis em relação aos meses anteriores. Já o preço da arroba do boi, medido pelo Indicador Cepea, continuou retraindo, em linha com a maior oferta de gado, e encerrou o mês de abril em R$ 221/arroba.

Em maio, as exportações brasileiras de carne bovina somaram 212 milhões de toneladas, alta de 26% a/a. Os embarques para a China recuaram 12% a/a, apesar de ainda se manter como principal destino no mercado externo, com 46% de participação no volume total embarcado (ante 66% em mai/23).

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Os preços médios se mantiveram estáveis em relação aos meses anteriores, em cerca de US$ 4.500 por tonelada, mas representam uma queda de 11,6% a/a. Os dados preliminares, até a primeira semana de junho, mostram a continuidade desta tendência, com crescimento de 26% no volume médio diário na comparação anual, e queda de 12% a/a nos preços médios.

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O indicador do boi gordo, medido pelo Cepea/Esalq, continuou retraindo e encerrou março em R$ 221,2/@, queda de 3,6% em relação ao mês anterior, enquanto na comparação anual a redução foi de cerca de 64,5%, refletindo a maior oferta de gado durante a fase favorável do ciclo bovino no Brasil.

Carne de frango e suína

Houve elevação do embarques de carnes de frango na comparação anual, mas retração do preço médio. Já na carne suína, observamos estabilidade nos embarques e retração do preço médio, com a China mantendo-se entre os principais destinos de ambas as proteínas.

Em maio, as exportações de carne de frango tiveram alta de 7,5% na comparação anual e somaram 331 milhões de toneladas. Os três principais destinos foram China, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que juntos representaram 30% do volume total embarcado.

Os preços médios tiveram queda de 0,5% m/m e 8% a/a, encerrando o mês em ~US$ 1.800 por tonelada. No mercado interno, os preços de carne de frango ficaram praticamente estáveis em relação ao mês anterior (- 0,3% m/m) e avançaram 18% a/a, como reflexo do maior equilíbrio entre oferta e demanda domésticos.

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Assim como ocorreu com a carne de frango, as exportações de carne suína tiveram alta na comparação anual (1%) e atingiram 92 milhões de toneladas. A China foi o principal destino, com 21% de participação, seguida das Filipinas, com 12%. Houve retração dos preços médios (-0,4% m/m) após três meses de alta, atingindo ~US$ 2.2292 por tonelada (-11,4% a/a).

Os preços de milho mostraram uma leve retração na comparação mensal (-2,2%), enquanto no mercado internacional manteve-se praticamente estável (+0,2% m/m).

Bebidas

Confiança do empresário e do consumidor recuam, apesar da alta na renda real média. Produção de bebidas mostra recuo ante o mês anterior, mas crescimento na comparação anual.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de junho caiu 0,8 ponto em relação a maio, vindo em 51,4 pontos, indicando confiança ainda moderada do empresariado industrial brasileiro. Na análise setorial, os dados de maio mostram que o índice de confiança do empresário do setor de bebidas subiu 1,9 ponto em relação a abril, para 55,2 pontos.

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O Índice de Confiança do Consumidor caiu 4,0 pontos em maio, para 89,2 pontos, com a piora das expectativas futuras, enquanto a percepção com a situação atual manteve-se praticamente no mesmo patamar.

A taxa de desemprego, divulgada pelo IBGE, veio em 7,5% no trimestre findo em abril, 1 p.p. superior a/a. Já a renda média real veio em R$ 3.151, o que corresponde a um avanço de 4,8% a/a.

A produção de bebidas desacelerou em abril ante o mês imediatamente anterior, tanto em alcóolicos (-8,3%), quanto não alcoólicos (-6,3%). Na comparação anual, houve crescimento em abas as categorias, sendo 3% em alcoólicos e 9,0% em não alcoólicos, de acordo com os dados do IBGE.

Recomendações do BB Investimentos no agro

Empresa Ticker Recomendação Potencial (%)
JBS JBSS3 Compra 11,80%
BRF BRFS3 Neutro -14,10%
Marfrig MRFG3 Neutro 14,10%
Minerva BEEF3 Compra 94,80%
M. Dias Branco MDIA3 Compra 57,30%
Ourofino OFSA3 Neutro 31,60%
SLC Agrícola SLCE3 Compra 41,80%

 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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