Internacional

Joe Biden pretende banir importação de carros da China

12 abr 2024, 15:55 - atualizado em 16 abr 2024, 17:51
automóveis-china
O presidente Joe Biden pretende banir importações de carros elétricos da China (Imagem: Reuters/Thomas Peter)

O Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, pretende banir a importação de carros elétricos da China ao país norte-americano. De acordo com o senador Sherrod Brown, presidente do Comitê Bancário do Senado, “veículos elétricos chineses são uma ameaça para a indústria automobilística americana”.

Até agora, Brown possui os comentários mais fortes referentes ao assunto, comparado à outros legisladores dos EUA que apelaram a tarifas elevadas para manter os veículos elétricos chineses fora do país.

Em publicação feita no X (antigo Twitter), o senador ressalta: “Não podemos permitir que a China traga a sua fraude apoiada pelo governo para a indústria automobilística americana”. Veja abaixo:

Em fevereiro deste ano, a Casa Branca anunciou que os Estados Unidos estava abrindo uma investigação sobre se os carros chineses traziam uma ameaça para a segurança nacional. A Casa Branca não respondeu ao pedido de comentários, de acordo com a BBC News.

Além disso, Joe Biden afirmou em fevereiro que as políticas chinesas poderiam inundar o mercado com os seus veículos, representando riscos para a segurança nacional. O presidente ressaltou que ele não deixaria isso acontecer sob seu comando.

De acordo com a Casa Branca, Washington poderia impor restrições devido às preocupações de que a tecnologia dos carros fabricados na China pudesse “coletar grandes quantidades de dados confidenciais sobre seus motoristas e passageiros”.

O comunicado também reiterou que os carros conectados à internet “usam regularmente suas câmeras e sensores para registrar informações detalhadas sobre a infraestrutura dos EUA”. A China é o maior produtor mundial de automóveis e compete com o Japão para ser o maior exportador de veículos.

Apesar disso, o número de carros chineses nos Estados Unidos é extremamente baixa. Isso se deve ao fato que o país norte-americano impõe, atualmente, uma tarifa de 27,5% sobre os veículos.

Os conflitos entre as duas potências

Esta semana, durante uma viagem à China, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou Pequim que Washington não permitiria uma repetição do “choque chinês” do início dos anos 2000, quando as importações chinesas inundaram a América.

Além disso, as maiores companhias aéreas dos Estados Unidos pediram ao governo Biden que suspendesse as aprovações de novos voos entre os EUA e a China. A carta foi enviada ao secretário do Estado, Antony Blinken, e ao secretário do departamento de transporte, Pete Buttigieg.

As duas maiores economias do mundo estão envolvidas numa guerra comercial desde 2018, quando a então administração Trump impôs tarifas sobre mais de US$ 30 bilhões em produtos chineses. Pequim retaliou com tarifas sobre mais de 110 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.

No ano passado, o valor dos bens que os EUA compraram da China caiu pouco mais de 20%, para US$ 427 bilhões. Ao mesmo tempo, as exportações dos EUA para a China caíram 4%, para pouco menos de US$ 148 bilhões.

*Com informações da BBC News

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
Linkedin
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
Linkedin