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JP Morgan eleva preço-alvo da Embraer (EMBR3): “A barra está subindo”

07 nov 2025, 11:55 - atualizado em 07 nov 2025, 11:56
Embraer E190 - Divulgação

Os analistas do JP Morgan elevaram o preço-alvo para as ações da Embraer (EMBR3) após a companhia divulgar, nesta semana, seu resultado do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Segundo os analistas do banco americano, a companhia está “subindo a barra” e deve trazer no curto prazo margens melhores do que o esperado. 

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“O aumento marginal de 1% em nosso preço-alvo para dezembro de 2026 é impulsionado por nossa avaliação da soma das partes, dado o aumento nos múltiplos dos pares, já que estamos mantendo nosso valor justo por fluxo de caixa descontado (DCF) inalterado”, diz o documento, publicado nesta sexta-feira (7). 

O time do JP, liderado por Marcelo Motta, enxerga que a Embraer deve negociar com um desconto de 15% frente aos seus pares — por conta do seu tamanho menor, seu foco em aviação regional e o volume de negociação das ações mais baixo.  

Mesmo assim, o banco vê um potencial de valorização de 25% para as ações da Embraer frente ao preço de fechamento de ontem. Com recomendação de compra, o novo alvo para o fim de 2026 subiu para US$ 80, de US$ 79 anteriormente.

“Incluindo a EVE (braço de veículo elétricos de pouso e decolagem vertical), o valor justo para a Embraer no fim de 2026 chegaria a US$ 90,00”, acrescentam os analistas.

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Embraer deve trazer margens melhores

O time também vê que a Embraer entregará, no fim do ano, uma margem melhor do que o consenso do mercado espera.

“Esperamos que a margem Ebit do quarto trimestre fique em 9,5% – incluindo US$ 30 milhões em custos relacionados a tarifas dos EUA. Para o ano cheio, nossa margem Ebit é de 8,9%, acima do guidance da empresa, de 7,5% a 8,3%, e do consenso em 8,5%”, afirma o relatório.

No 3T25, a margem Ebit da Embraer foi de 8,5%. Mas, na visão da casa, os últimos três meses do ano devem contar com receitas maiores na base anual e mesmo com gastos com tarifas, a empresa deve ter seus gastos diluídos. 

Em resumo, em seus cálculos, os analistas partem do Ebit registrado no 4T24 e descontam os custos extraordinários com tarifas nos EUA para estimar o desempenho do 4T25. 

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Nas contas do banco, mesmo com uma receita maior esperada para o próximo ano, o lucro operacional ajustado deve ficar por volta de US$ 235 milhões no trimestre, o que levaria o EBIT anual a cerca de US$ 660 milhões, resultando em uma margem entre 8,8% e 9,4% caso a empresa entregue a receita prevista no guidance.

Além disso, o JP também coloca na tese da Embraer uma visão otimista de que a melhor relação entre Brasil e Estados Unidos pode levar ao fim das tarifas. Fora isso, há também no radar o Dubai Airshow e pedidos em potencial do grupo ABRAS (dono da Gol e da Avianca) e da Índia, após a abertura de um escritório em Nova Délhi. 

“Em nossa visão, o principal risco de curto prazo é não superar a margem Ebit de 2025, já que o consenso está ligeiramente acima do patamar atual”, afirma o JP. “Além disso, dada a carteira recorde de US$ 31 bilhões (ou US$ 50 bilhões incluindo opções) da Embraer e forte book-to-bill em 2025, a execução (aumento de produção e margens) é um risco-chave para a tese de investimento”.

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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