Resultados

JSL (JSLG3): Lucro sobe 25% no 3T24; ‘Selic chove para todo mundo; precisamos ser mais competitivos’, diz CEO

06 nov 2024, 18:49 - atualizado em 18 nov 2024, 11:03
Ramon
(Imagem: Divulgação)

A JSL (JSLG3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 72 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 25% ante o mesmo período do ano passado e melhora de 120% em relação ao segundo trimestre, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (6).

Em entrevista ao Money Times, o CEO da companhia, Ramon Alcalaz, cita três fatores que influenciaram os números. São eles:

  • economia pujante,
  • modelos de gestão em aperfeiçoamento,
  • e o efeito dos contratos, que prejudicou o segundo trimestre e ajudou o terceiro;

No caso do terceiro ponto, Alcalaz diz que antes de receber o dinheiro, a empresa eleva gastos com a contratação de pessoas, o que gera impactos nos lucros e nos custos.

“Quando esses projetos vão sendo implementados, nos primeiros meses, basicamente, ele machuca um pouco o resultado final, porque é necessário contratar as pessoas antes da receita, comprar os ativos, e isso depois entra no custo normal. No segundo trimestre, teve uma concentração dessas implantações”, diz.

Ele recorda que em nove meses, a companhia já fechou R$ 4,5 bilhões em contratos, enquanto no ano passado inteiro, o número foi de R$ 4,4 bilhões.

“Empilhamos contratos, a cada trimestre se divulga novos contratos que são celebrados, este trimestre, inclusive, estamos divulgando R$ 2,2 bilhões em novos contratos. É uma notícia ótima, porque é o que garante o crescimento futuro”, diz.

A receita líquida somou R$ 2,5 bilhões, elevação de 17%, enquanto o Ebitda, que mede o resultado operacional, ajustado subiu 18,7%, a R$ 466 milhões.

“A satisfação não é só em ter gerado os resultados, mas é em dar credibilidade para aquilo que se vem falando trimestre a trimestre. É um trabalho feito há quatro anos, de uma gestão mais austera de custos, trabalhando sempre na eficiência, trabalhando, no máximo, na gestão de custos”

JSL: Impacto da Selic

Sobre como a alta dos juros pode impactar a companhia, Ramon diz que o novo ciclo é diferente do vivido em 2021 e 2022, quando a Selic saiu 2% para 13,75%.

“Aquilo [a alta] realmente chacoalhou o bambuzão. Já essas mudanças previstas, olha, a taxa Selic vai aumentar a 0,25, vai aumentar a 0,5, pode chegar a 11%, a 12%, isso não é nada do que já estamos acostumados, vamos combinar”, diz,

Ele reforça que a companhia não gostaria de ver a Selic em alta (a expectativa é que o novo ciclo chegue a 12%), mas também não é “nada do que já não se esteja acostumado e preparado”.

“Anunciamos em fevereiro desse ano debêntures a um spread menor, e isso acaba sendo uma proteção para esse aumento da Selic. Uma outra coisa super importante a ser dita é o seguinte: não chove só para nós, a Selic é igual para todo mundo, então, o que é necessário? Ser mais competitivo do que os concorrentes”, argumenta.

A grande preocupação, de acordo com o CEO, é o efeito que isso poderia ter na economia.

“Se a economia começa a esfriar, evidentemente, isso pode nos prejudicar como um todo. Mas o que estamos vendo é o contrário disso, o aumento da Selic está sendo divulgado há tempos, e a economia vem crescendo de forma consistente, em vários segmentos diferentes, e não há motivo para mudar esse cenário a curto prazo”, completa.

Para o quarto trimestre, a JSL não observa nenhuma mudança drástica no cenário. “Claro, ao falar em PIB, há um universo grande de segmentos, mas dentro dos segmentos em que atuamos, estamos otimistas”.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar